Decorreu na quarta-feira, dia 12 de fevereiro, a cerimónia de entrega do Prémio BIAL de Medicina Clínica. Presidida pelo Senhor Presidente da República, com a presença do Bastonário e promovido pela Fundação BIAL, o prémio visa galardoar uma obra intelectual, original, de índole médica e dirigida à prática clínica, que represente um trabalho com resultados de excelência. Tiago Gil foi o vencedor do prémio, com a obra “Uncovering the mysteries of brain regional susceptibility to neurodegeneration in Alzheimer’s disease: from neuropathology to brain magnetic resonance imaging”, que identifica as regiões cerebrais diferencialmente afetadas pela doença de Alzheimer, contribuindo para um diagnóstico mais preciso e precoce daquela que é a patologia neurodegenerativa mais prevalente em Portugal e no mundo. De acordo com Tiago Gil “o objetivo principal deste estudo, focado na identificação das regiões cerebrais diferencialmente afetadas, é contribuir para um diagnóstico mais preciso e precoce da DA. Além disso, com a potencial introdução na prática clínica em Portugal das novas terapias com anticorpos dirigidos às acumulações de beta-amilóide, este trabalho salienta também que há uma grande diversidade de outras patologias a afetar os cérebros dos pacientes com DA, contribuindo para tratamentos mais dirigidos”. O Bastonário entregou um diploma de Menção Honrosa pelo trabalho “Screening & Eye Examination Centre using AI resources” de Luís Abegão Pinto, Joana Tavares Ferreira e Quirina Tavares Ferreira, que propõe um modelo inovador de rastreio de doenças oculares utilizando Inteligência Artificial. Também no domínio da oftalmologia, o trabalho de José Paulo Andrade e Ângela Carneiro, “Degenerescência Macular da Idade - A primeira causa de cegueira irreversível em Portugal”, foi distinguido com uma Menção Honrosa pois poderá ter um impacto significativo na vida e saúde dos portugueses ao ajudar a prevenir e a tratar a degenerescência macular da idade (DMI), principal causa de cegueira irreversível em Portugal.