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#SOSSNS: o SNS é para 10 milhões de portugueses!

Garantir que “o SNS é para 10 milhões de portugueses” é, conforme evidenciado pelo bastonário da Ordem dos Médicos Miguel Guimarães, o desígnio do #sossns, movimento apresentado publicamente dia 16 de junho de 2020. Impulsionado por um conjunto de cidadãos preocupados com a evolução e capacidade de resposta do nosso Serviço Nacional de Saúde, nos quais se incluem representantes de Ordens profissionais, associações de estudantes e de doentes, o #sossns definiu dez medidas para impulsionar a capacidade de resposta do serviço público de saúde português. São medidas consideradas urgentes e concretizáveis a curto prazo, 3 a 6 meses, e que podem ser conhecidas no site do movimento: http://sossns.pt/

A apresentação pública do #SOSSNS aconteceu simbolicamente em frente a um dos maiores hospitais nacionais, o Santa Maria e contou também com a presença de Ana Paula Martins, bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, que evidenciou este “grito de alerta” como essencial pois perante o impacto negativo da pandemia, fala—se muito da necessária retoma na economia, mas, alertou, é preciso também “retomar na saúde”!

Presentes na apresentação pública do #sossns, Mar da Costa e João Menezes, respetivamente presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina e vice-presidente da Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia, explicaram a preocupação dos estudantes com o futuro do SNS e as condições de trabalho que irão herdar. Já as associações de doentes, representadas por Isabel Saraiva, presidente da Respira, e Vítor Neves, presidente da Europacolon, frisaram que “os doentes crónicos desapareceram”, ficando esquecidos no acompanhamento e tratamento, e que o cancro digestivo, por exemplo, viu o seu diagnóstico precoce atrasado com esta pandemia, situações cuja repercussão só se conseguirá medir plenamente, em termos de mortalidade, dentro de alguns anos.

Interpelado pelos jornalistas, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, referiu o que designa como uma das grandes lições da pandemia: “uma pequena variação na saúde pode ter grande impacto na economia por vários anos”, facto do qual já ninguém dúvida e que reforça a necessidade de dotar o SNS de mais meios. É precisamente para potenciar essa dotação que o movimento definiu 10 medidas urgentes que, conforme explicou Miguel Guimarães, defendem os interesses dos doentes, e que podem ser concretizadas em horizontes temporais de 3 a 6 meses, entre os quais destacou a integração de cuidados primários e hospitalares e os claros benefícios que essa integração trará para o sistema de saúde e para os doentes. Porque, lembrou, cidadãos mais saudáveis produzem mais e são mais felizes e é neles que o sistema de saúde tem que se centrar: nos 10 milhões de portugueses.