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Ordem reúne com Secretário Adjunto e da Saúde e pede urgência na libertação dos médicos de família

A Ordem dos Médicos solicitou à ministra da Saúde uma reunião com caráter de urgência para sensibilizar a tutela para os problemas graves que os centros de saúde atravessam, uma vez que os médicos de família continuam a ser mobilizados para o combate à pandemia, o que torna impossível manter a resposta aos doentes de sempre. A reunião decorreu com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, em representação da Ministra da Saúde, a quem a Ordem dos Médicos apelou a uma rápida revisão da estratégia que tem vindo a ser seguida.

A Ordem dos Médicos afirmou o papel determinante dos médicos de família no sucesso no acompanhamento dos doentes com Covid-19, merecedor de grande apreço e reconhecimento de todos. No entanto, o bastonário da Ordem dos Médicos, a conselheira e médica de família Rubina Correia e o Colégio da Especialidade de Medicina Geral e Familiar apelaram a que o Ministério da Saúde procure outras alternativas para que a agenda dos médicos de família – já antes sobrecarregada com 1900 doentes – não continue a estar totalmente tomada pelo Trace-Covid, Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios e App StayAway Covid.

No entendimento da Ordem dos Médicos, os números conhecidos do excesso de mortalidade reforçam a necessidade de se voltarem a acompanhar os doentes crónicos e a apostar na promoção da saúde e prevenção da doença. No encontro, a Ordem dos Médicos mostrou-se também preocupada com as previsões da tutela para 2021, com menos 4 milhões de consultas médicas presenciais e menos 64 mil domicílios, em relação a 2019. Mesmo em consulta aberta, vão ser feitos quase menos 200 mil atendimentos.

 

Lisboa, 13 de novembro de 2020

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