No contexto epidemiológico nacional e internacional da infeção pelo SARS-CoV-2 e da renovação do estado de emergência em Portugal, o gabinete de crise da Ordem dos Médicos salienta a necessidade de:
1. Rever e operacionalizar pela Direção-Geral da Saúde (DGS), com carácter de urgência, os critérios de utilização universal de máscara pelos profissionais de saúde e pela população, nomeadamente nos locais ou espaços públicos onde o distanciamento social de segurança seja mais difícil;
2. Assegurar o fornecimento ininterrupto dos equipamentos de proteção individual indispensáveis à segurança de quem cuida dos portugueses, os profissionais de saúde e outros profissionais expostos no exercício das suas funções (forças de segurança, bombeiros, cuidadores, etc.);
3. Melhorar a capacidade laboratorial dos testes de diagnóstico em termos de volume, acessibilidade e tempo de resposta;
4. Possibilitar, em regime voluntário, a realização prioritária de testes de diagnóstico quinzenais aos profissionais de saúde e outros profissionais expostos;
5. Definição urgente, em colaboração com peritos, dos critérios de realização, interpretação e utilidade dos testes serológicos de avaliação de anticorpos;
6. A Ordem dos Médicos insiste na divulgação dos dados clínicos e epidemiológicos, em formato anónimo, dos doentes com critérios de internamento e doentes falecidos, à comunidade médica e científica, de modo a identificar e maximizar potenciais fatores de intervenção e melhoria de atuação;
7. Simplificar e desburocratizar os processos de aquisição de medicamentos, dispositivos e equipamentos vitais;
8. Aproveitar e rentabilizar a onda de solidariedade e todas as ofertas da sociedade civil que podem fazer a diferença no combate à COVID-19;
Lisboa, 06 de abril de 2020
O Bastonário da Ordem dos Médicos
O Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos