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Ordem expressa pesar público pela morte do antigo bastonário Carlos Ribeiro

A Ordem dos Médicos partilha com enorme pesar que o antigo bastonário Carlos Ribeiro morreu hoje. Carlos Ribeiro nasceu em 1926 no Seixal e foi bastonário da Ordem dos Médicos entre 1996 e 1999, tendo também sido mandatário nacional do atual bastonário, Miguel Guimarães, nas suas duas candidaturas.

“A perda do Prof. Carlos Ribeiro será sempre prematura. Nele encontrei – como tantos encontrámos – um farol do que representa ser médico no seu sentido mais completo, em que à qualidade clínica é imprescindível associar a liderança, o humanismo, a solidariedade, a bondade, a empatia, entre muitos outros valores”, destaca o bastonário da Ordem dos Médicos.

“Carlos Ribeiro foi provavelmente das primeiras pessoas a aperceber-se e a alertar publicamente para os riscos que a relação médico-doente corre nos dias de hoje e a defender que nenhuma tecnologia ou exame se pode tornar mais central do que olhar, escutar e tocar o nosso doente”, reforça Miguel Guimarães, lembrando que muitas destas partilhas ficam eternizadas no livro Ser Médico – Carta aos Jovens Médicos, publicado pelo antigo bastonário. “À família e aos amigos, neste momento particularmente difícil, expresso sentidas condolências em nome pessoal e em nome da Ordem dos Médicos”, afirma o bastonário.

Carlos Ribeiro nasceu em 1926 no Seixal. Médico e professor catedrático da Faculdade de Medicina de Lisboa, licenciou-se na mesma Faculdade em 1951, tendo-se depois especializado em Cardiologia. Foi diretor do Serviço da Unidade de Tratamento Intensivo para Coronários do Hospital de Santa Maria e Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Medicina de Lisboa.

Exerceu também os cargos de presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e de vice-presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia. Foi membro da Comissão Nacional de Ética para as Ciências da Vida e do Conselho Económico e Social da União Europeia.

Foi ainda autor de mais de 300 trabalhos científicos e diretor da Revista Portuguesa de Cardiologia e da Acta Médica Portuguesa, a revista científica da Ordem dos Médicos.

Entre outras distinções, recebeu a Medalha de Mérito da Sociedade Europeia de Cardiologia, a medalha de Ouro dos Serviços Distintos do Ministério da Saúde, a Medalha de Honra do Comité Económico e Social da União Europeia, foi condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e agraciado com a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos.

Lisboa, 20 de novembro de 2021