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Ordem dos Médicos apela à criação de task force para medicina de guerra

O bastonário da Ordem dos Médicos defendeu esta semana a criação de uma task force ligada à segurança nacional. Para Miguel Guimarães, trata-se de “um debate importante e que tem de ser feito no país”.

Há uma guerra em curso a centenas de quilómetros e ainda ninguém sabe se é uma guerra que ficará a essa distância ou se será uma guerra que terá a NATO – e consequentemente deixará de haver centenas de quilómetros a separar a paz dos atos bélicos. Mas há uma pergunta que se aplica a esta guerra ou a qualquer outra guerra futura: Portugal é capaz de prestar cuidados médicos a um elevado número de feridos num curto período de tempo?

A Ordem dos Médicos defende que a aprendizagem da pandemia, nomeadamente no que à organização da task force diz respeito, deve ser replicada – e já – para que o país seja capaz de responder devidamente às necessidades das vítimas de um conflito armado. “Não estamos preparados, temos de nos preparar”, disse à CNN Portugal, explicando que é urgente criar uma estrutura nacional capaz de coordenar este tipo de atividades durante cenários atípicos como uma pandemia ou confronto bélico.

O representante dos médicos defende que esta task force de guerra deve ter profissionais com uma base de medicina geral, ortopedia, medicina intensiva, anestesiologia ou até pediatria, entre outras. “Estas pessoas estariam preparadas para intervir em situações especiais, independentemente daquilo que é a sua especialidade de base.” O bastonário defende que além desta especialização em medicina de guerra vão ser necessários meios e equipamentos para que esta task force seja acionada em caso de necessidade.

Fonte: CNN Portugal