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Médicos do setor privado e social sem informação sobre vacina contra a COVID-19

A Ordem dos Médicos tem recebido contactos de vários médicos que trabalham no setor privado e social, e das próprias unidades de saúde, por não terem recebido qualquer informação sobre quando poderão ser vacinados contra a Covid-19. Esta preocupação já foi transmitida pelo bastonário da Ordem dos Médicos ao Secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

“As vacinas são para os 10 milhões de portugueses. E não apenas para alguns. Estamos perante uma pandemia que afeta todos os setores. Que afeta o país. Por isso as prioridades definidas pelo Ministério da Saúde devem ser aplicadas de forma transversal para todas as pessoas. Os médicos que trabalham fora do SNS devem ter o mesmo direito a serem vacinados. Para trabalharmos em segurança e proporcionarmos a melhor resposta possível a todos os doentes é essencial que o plano de vacinação seja um fator de equidade e coesão nacional e não um plano que volte as costas a parte dos portugueses, até porque muitos dos nossos doentes acabam por ter as suas consultas, exames complementares e cirurgias, dentro e fora do SNS, nomeadamente através de convenções, acordos e por decisão individual”, refere Miguel Guimarães.

O bastonário apela a que os critérios do plano sejam claros e que atentem ao risco individual e coletivo e não apenas ao local de trabalho. Miguel Guimarães adianta que a Ordem dos Médicos, para ajudar a agilizar e facilitar o processo, está a promover um inquérito junto dos médicos para identificar os colegas que estão fora do SNS e que querem ser vacinados, considerando também a sua atividade e especialidade. A listagem será partilhada com a tutela.

Lisboa, 29 de dezembro de 2020