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José Germano Ferreira de Oliveira(1915/2005)

    Homenagem

    Médico José Germano Ferreira de Oliveira

    (texto: Carlos Duarte, jornalista aposentado)

    Casa dos pais no Lg. da Igreja

    José Germano F. Oliveira, nasceu em S. Gião no ano de 1915, tento vivido com os seus pais e a irmã Maria de Lurdes na casa situada no adro da Igreja onde seu pai, José Mendes de Oliveira (Ti Zé Mendes) possuía uma loja de produtos agrícolas.

     

     

     

     

     

    Enquanto jovem foi membro da Banda Filarmónica Sangianense, como flautista.

    Banda Filarmónica Sangianense, data provável antes de 1930 e será o jovem sentado no chão à esq.


    Com mais idade com a farda da Banda

    Fez o curso Comercial na Escola Comercial Industrial Brotero em Coimbra, 1931 ainda situada junto ao Mercado da cidade, e licenciou-se em Medicina na Universidade de Coimbra, 1946.

     

    De capa e batina com as fitas de Medicina (1943)


     

     

     

    De 1949 a 1953 exerceu a profissão de médico no “ médico facultativo do partido” – S. Gião – Câmara Municipal de Oliveira do Hospital (1) , com consultório na esquina do largo da Igreja onde vivia com a família (casa do Fernandinho).

    • Com a esposa Beatriz de Almeida Oliveira (1972)

    Casou-se com Beatriz Coelho de Oliveira em 1951 de quem teve duas filhas, Ana Maria Brett e Maria Beatriz Goumas                           .

    Em 1954 foi trabalhar para a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, até 1975 e como médico Pneumologista, exerce a profissão no Hospital da U.C. (Celas) até 1985, ano da sua aposentação.

    Placa existente em Rio de Mel


    Placa existente em S. Gião

    Gião foi sempre uma presença na sua vida e todos os meses de Agosto era estadia obrigatória na aldeia e mesmo num período em que não teve residência, alugava uma casa onde atendia todos aqueles que precisassem dos seus préstimos, gratuitamente e muitas vezes além de dar medicamentos transportava no seu carro os que mais necessitavam ao Hospital da U.C. E mesmo na sua casa em Coimbra eram muitos os Sangianenses e não só, que eram atendidos por ele.

    Falando com pessoas que ainda se lembram do Dr. José Germano afirmam que era um médico generoso e altruísta sendo para uns “um pai de todos os doentes de S. Gião” , um “anjo do Céu” ou o “João Semana” da aldeia, sempre numa demonstração manifestada pela comunidade Sangianense como um benfeitor de todos, fossem ricos ou pobres.

    Enquanto estudante na Universidade de Coimbra foi flautista na Tuna Académica e membro do Orfeão da U.C. Foi membro do CADC (Centro Académico de Democracia Cristã), integrado na Acção Católica.

    Em S. Gião pertenceu  à Irmandade do Santíssimo Sacramento e como sempre procurou interessar-se e ajudar para que fossem feitos melhoramentos em S. Gião, com muitas idas á capital, sempre às suas custas, falar com entidades  responsáveis, por exemplo no alcatroamento da estrada desde a Catraia a S. Gião, a eletrificação da aldeia ou na construção da estrada entre S. Gião e Rio de Mel e, por  essa razão, foi dado o seu nome aos troços da estrada dentro de S. Gião e  Rio de Mel, em finais dos anos 90, por proposta da Junta de Freguesia de S. Gião, presidida pelo Prof. Nobre.

    Casa onde teve consultório de 1949 a 1953

     

     

    Segundo médicos que conheceram o Dr. Germano, enquanto colegas e alunos, desde muito cedo que era conhecido pelo seu serviço à comunidade em S. Gião assim como no Hospital da U.C., Celas, onde sempre prestou serviço como médico interno, no seguimento de outros médicos da região como, o Dr. Asdrubal em Vide, o Dr. Vasco Campos em Avô ou o Dr. Virgílio em Oliveira do Hospital.

    Meio de transporte para as consultas ao domicilio

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    (1) “facultativo do partido” – Antigamente os cuidados de saúde eram assegurados pelos médicos municipais que eram designados como tal e tinham como funções fazerem assistência médica aos doentes pobres, a crianças desvalidas e abandonadas, vacinar sem distinção de classes e fazer exames e diligências sanitárias. O termo partido assume hoje o significado de “público”. Esta norma foi adaptada desde 1886 até 1974, ano que foi criado o “Serviço Médico à periferia”.

    Agradecimento a Ana Maria Brett, Maria Beatriz Goumas (filhas) e a alguns habitantes de S. Gião!

    Datas

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