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Carlos Soares Ribeiro(1926-2021)

    Homenagem

    Carlos Ribeiro: um exemplo do que representa ser médico

    Texto da autoria de: Paula Fortunato, diretora executiva do departamento de Comunicação da Ordem dos Médicos

     

    Carlos Soares Ribeiro nasceu em 1926 no Seixal, numa família sem tradição na medicina, área em que se formou a 18 de outubro de 1951, na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde passaria de aluno a mestre. No início da carreira, antes de se especializar, fez clínica geral na cidade natal, altura que sempre recordou com carinho pelo “contacto próximo com os doentes”, fonte de grandes aprendizagens. Especializou-se em Cardiologia e foi diretor da Unidade de Tratamento Intensivo para Coronários do Hospital de Santa Maria e presidente do conselho científico da Faculdade de Medicina de Lisboa, onde foi professor catedrático. Exerceu cargos de presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e de vice-presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia. Foi membro da Comissão Nacional de Ética para as Ciências da Vida e do Conselho Económico e Social da União Europeia. Autor de mais de 300 trabalhos científicos e diretor da Revista Portuguesa de Cardiologia e da Acta Médica Portuguesa, a revista científica da Ordem dos Médicos. Entre outras distinções, recebeu a medalha de mérito da Sociedade Europeia de Cardiologia, a medalha de ouro dos Serviços Distintos do Ministério da Saúde, a medalha de honra do Comité Económico e Social da União Europeia, a condecoração com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e a medalha de mérito da Ordem dos Médicos. Nas eleições de 29 de novembro de 1995, foi eleito Bastonário desta instituição, tendo permanecido no cargo até 1999. Perante a triste notícia da sua morte a 20 de novembro deste ano, poucos dias depois de completar 95 anos, recordamos o mestre, o médico, o exemplo de civismo, profissionalismo e humanismo.

     

    O cardiologista que não se deixou hipnotizar pela tecnologia

    “Todos temos a perder com o falecimento do Prof. Dr. Carlos Ribeiro, que foi um Bastonário digno, isento, modesto e independente, de uma indiscutível capacidade profissional que, aliás, lhe granjeou reconhecimento nacional e internacional. Foi indiscutível o seu prestígio como professor catedrático da Universidade de Lisboa, com notável contributo para o progresso da Cardiologia”, frisa António Gentil Martins, antigo Bastonário da OM (1977 a 1986), que recorda igualmente o médico de excelência e o cidadão ativo: “Foi um verdadeiro médico, encarando os que a ele recorreram como outros seres humanos e não apenas como simples doentes, portadores de qualquer patologia, mas necessitando de amizade, compreensão, respeito e solidariedade. Defendeu sempre que nenhuma tecnologia ou exame se pode tornar mais importante que olhar, escutar e tocar o doente. Como ele dizia: tratou sempre os seus doentes pelo nome, mais uma vez demonstrando a importância central da relação humana entre médico e doente. Mas fundamental na sua ação foi o procurar, nomeadamente através do seu livro ‘Ser Médico’, transmitir às novas gerações o verdadeiro conceito de ser médico, não se deixando hipnotizar pela tecnologia e pelos gestores, valorizando os mestres e a experiência e procurando sempre mais a prevenção que o tratamento. É de realçar o reconhecimento claro da sua atuação quando, já há muito reformado, continuou a dar aulas na Universidade Sénior do Seixal, sua terra natal, com a disciplina ‘Curso de Saúde’, mostrando bem como a idade não nos deve impedir de continuar a estar ativos e a poder ser úteis aos outros. Como o próprio referiu no curso 2019-2020: ‘Cá estou de volta como vos disse… até que a voz me doa’”.

    Carlos Ribeiro foi o primeiro licenciado de uma família de classe média do Seixal, terra pouco favorável aos estudos pois não tinha liceu, o que tornava muito difícil a vida de quem queria vir estudar para Lisboa, investimento demasiado avultado para a maior parte das famílias. Apesar de tudo isso, nada o impediu de seguir a sua vocação e tornar-se um dos mais reputados médicos portugueses.

    Ao longo de muitas entrevistas que deu, relatou alguns episódios que, sendo divertidos, demonstram simultaneamente como a relação médico/doente pode ser terapêutica. Lembrava, por exemplo, o caso de um jovem que tinha ataques de pânico. “Aparecia-me às três da manhã com uma ansiedade brutal. Eu conversava muito com ele, observava-o e dava-lhe às vezes tranquilizantes. Numa dessas observações, num dia em que ele se queixava de falta de ar, medi-lhe a tensão. Ora, ele achava que o ar que eu insuflava no medidor ia diretamente para o pulmão, e dizia-me: ‘Olhe, doutor, já me sinto muito melhor!’ E eu perguntava-lhe: ‘Ai, é? Então vamos lá bombar outra vez’, e insuflava o aparelho mais uma vez”.

    Quem não tenha tido o privilégio de conhecer Carlos Soares Ribeiro poderá aproximar-se da essência do seu humanismo lendo um dos livros que deixou como legado, o seu “Ser Médico – Cartas aos Jovens Médicos”, prova documental de que nunca deixou de dar o seu testemunho na defesa dos valores em que acreditava. O antigo Bastonário procura neste livro, sob o formato de cartas, transmitir como apreender a circunstância de cada doente, algo “muito difícil de explicar” aos alunos. Tão difícil, considerava, como explicar a ética que, mais do que esmiuçar em palavras ou dissecar em cursos, se deve “ensinar pelo exemplo de uma geração”. E é isso que os pares recordam, como explica o antigo Bastonário José Manuel Silva (2011-2016): “O Prof. Carlos Ribeiro foi um médico de corpo, coração e alma, uma referência viva, que a sua memória prevalece, para todos aqueles que com ele se cruzaram. Como Bastonário foi inexcedível na sua qualificada intervenção e empenhada dedicação, dignificando a Ordem e a classe médica. Guardarei para sempre a imagem de um cavalheiro de permanente sorriso nos lábios, cultor da ética e das boas práticas médicas, sempre sabedor de usar a palavra certa no momento adequado e de influenciar pelo exemplo. Conquistou o meu perene respeito e admiração”.

    Voltamos ao exemplo dessa obra magnífica em que o mestre transparece a cada página, na qual Carlos Ribeiro definia os vários “egos profissionais” que um médico pode ter:

    Ego sapiens – O profissional que pratica a medicina como ciência;

    Ego cupiens – O clínico procura a medicina como fonte de lucro e de prestígio;

    Ego fungens – O médico que privilegia o eu político, ou seja, a medicina subordinada a determinados interesses sociais e políticos;

    Ego adjuvans – O profissional que se realiza pelo seu eu assistencial, que pratica uma medicina com o objetivo de prestar ajuda ao próximo”.

    E explicava as doses certas que um profissional de excelência devia adotar a partir dessa fórmula mágica que é “ser médico”, dizendo: “O médico como profissional apresenta-se na sua prática clínica com uma parcela maior ou menor de cada um dos egos referidos. Desejamos que seja fundamentalmenteum médico adjuvans, medeô, do grego, que deu medicus em latim, que significa cuidar do outro. Que seja doutor, de docere, ensinar. Mas que não deixe de ser clínico – junto do leito (kline, em grego), ou seja, um profissional que exerce a medicina diretamente em comunicação com os doentes”. Doentes – alguns há mais de cinco décadas – que fazia questão de tratar pelo nome, um sinal claro de que os via e conhecia além da doença ou doenças que pudessem ter. Porque para si, tudo começa com o ato médico, momento de comunicação entre dois seres no qual não aceitava interferências. É essa comunicação que o define sempre como médico: um profissional que, já reformado, no consultório privado, recebia os doentes e com eles conversava uma hora, no que definia como um ato médico clássico” que precisa de tempo, muito mais tempo do que aquele que se gasta a prescrever exames complementares de diagnóstico. Aos seus doentes insistia em explicar que eram eles “quem vem à consulta, não os exames”. Foi esse um dos aspetos realçados por Miguel Guimarães (Bastonário de 2017 a 2022), na nota de pesar pelo seu desaparecimento: “Carlos Ribeiro foi provavelmente das primeiras pessoas a aperceber-se e a alertar publicamente para os riscos que a relação médico-doente corre nos dias de hoje e a defender que nenhuma tecnologia ou exame se pode tornar mais central do que olhar, escutar e tocar o nosso doente”, ensinamentos partilhados e eternizados no livro atrás referido.

     

    Na imagem: Quadro de Carlos Ribeiro que pode ser visto na sede da Ordem dos Médicos em Lisboa

     

     

    Carlos Ribeiro e a Ordem dos Médicos

    Sobre a sua passagem pela Ordem Carlos Ribeiro fez questão de deixar claro que como soube estar e trabalhar, soube sair com o maior respeito pelos colegas. “Mal saí da Ordem, e só lá cumpri 3 anos de mandato, nunca mais me quis envolver em algo que fosse relacionado com essa instituição. (…) Se acabou um mandato, então sai-se. Falar por falar e meter-se na política institucional só causa prejuízos. E o que interessa é a Instituição!”, explicava numa entrevista.

    Apesar de não querer se imiscuir na instituição, nem condicionar quem tomou conta dos destinos da Ordem dos Médicos depois de si, Carlos Soares Ribeiro nunca se esquivou aos seus deveres de cidadania e, sempre que sentiu que era relevante, marcou presença como antigo Bastonário da OM, médico e cidadão. Fê-lo, por exemplo, quando assinou a carta aberta que foi dirigida pelos Bastonários da Ordem dos Médicos – Miguel Guimarães, José Manuel Silva, Germano de Sousa, Gentil Martins, Carlos Ribeiro e Pedro Nunes – à ministra da Saúde no dia 14 de outubro de 2020 na qual se enaltecia o SNS e os seus profissionais e em que se apelava à ação consequente no combate à pandemia para responder de forma eficaz às necessidades dos doentes COVID e não-COVID. Na sequência dessa carta o Presidente da República chamou os Bastonários a Belém para conversar sobre as dificuldades do Serviço Nacional de Saúde e os doentes que estavam a ficar para trás. Recuando um pouco, recordamos como Carlos Ribeiro, noutro tema fraturante, veio a público assinar, em conjunto com os restantes Bastonários da OM, a declaração sobre “eutanásia, suicídio assistido e distanásia”. Estávamos em 2018 e esta posição defendia a sua convicção ética clara de que, nas suas múltiplas dimensões, a vida humana é inviolável.

    Socorremo-nos da memória e recordamos a tomada de posse de Carlos Ribeiro como Bastonário da Ordem dos Médicos e as suas palavras, garantia de “uma independência em relação ao poder político ou a ‘lobbies’ organizados” que lhe permitiu ser uma voz ativa e respeitada, na defesa da Medicina e da saúde dos portugueses. “Acredito na capacidade dos médicos portugueses”, garantia ao “testemunhar como, por esse mundo fora, são respeitados e elogiados os seus desempenhos técnico-científicos”. E alertava para as “campanhas injustas e desonestas orquestradas por individualidades, que pretendem, desse modo, ocultar a sua quota de responsabilidade nos fracassos que eventualmente atingem ou inviabilizam os sistemas de saúde que implementaram ou pretenderam criar. Fomos vítimas, em particular, de políticos que geraram expetativas que não puderam concretizar e que nos elegeram facilmente como os responsáveis pelo fracasso dos seus projetos por sermos a face visível do sistema de saúde”, explicava, referindo-se à forma como os políticos tantas vezes desvalorizam os recursos humanos e, no caso, os médicos. Viviam-se tempos complexos em que, segundo o próprio Carlos Ribeiro “existia uma campanha latente para descredibilizar a imagem pública das ordens profissionais”.

     

    Na imagem: Carlos Ribeiro com os restantes Bastonários da Ordem dos Médicos após audiência com o Presidente da República.

     

    Do seu programa fez parte a “consolidação da intervenção da OM no ensino e na formação médica com creditação das ações de formação no ensino pós-graduado e continuado”. No final do mandato, seria essa uma das áreas que realçaria com o sentido de dever cumprido, a par da “definição dos programas de formação profissional”, os cursos “para formadores e a publicação das recomendações terapêuticas”, elaboradas pelos colégios da especialidade. Outra das suas conquistas foi um protocolo com a Apifarma em que se definiram regras mais precisas quanto ao relacionamento entre os médicos e a indústria farmacêutica que foi publicado em 1997 e que considerou ser “um passo importante para a credibilização e transparência”.

     

    Definir o ato médico e levantar a voz em nome dos doentes

    Ao dirigir-se aos colegas, pela primeira vez como seu Bastonário, Carlos Ribeiro havia deixado clara a sua visão de uma medicina em que temos que “fazer com que se assimile e não se exclua o humanismo francês, a tolerância portuguesa, a tradição cristã, o sentir ecuménico luso-espanhol”. Como objetivo, referia, entre outros, o desejo de incentivar a legislação sobre o ato médico, mas os seus esforços seriam inglórios: Carlos Ribeiro terminaria o mandato à frente da Ordem dos Médicos convicto de que estava para breve a publicação da legislação do ato médico, promessa feita publicamente no IX Congresso Nacional de Medicina pelo secretário de Estado da Saúde… “É urgente a definição do que caracteriza o ato médico, para entendermos o que significa charlatanismo, consultas aos farmacêuticos, curas da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), medicinas alternativas, etc., etc…”, alertava. Mas as promessas políticas não passaram de palavras vãs. Estávamos no final da década de 90 do século passado…

    A criação da prova de comunicação no acesso ao internato da especialidade é apenas mais um exemplo do que Carlos Ribeiro conseguiu num mandato que pautou pela defesa intransigente do respeito pelas competências técnicas e específicas dos médicos, das “carreiras médicas, através de concursos públicos externos, evitando-se contratações precárias”, e sempre muito crítica de “projetos economicistas para a saúde” ou que afastassem “os médicos das áreas de decisão”. Numa fase conturbada social e politicamente e pouco consensual mesmo entre a classe médica, Carlos Ribeiro denunciava o que intitulou como sendo “a política do betão” que privilegiava “o corte de fitas nas inaugurações”, mas ignorava a necessidade de uma carta hospitalar, herança pesada que, considerava, a Ordem dos Médicos e a então ministra da Saúde, Maria de Belém Roseira, receberam dos anteriores detentores da pasta ministerial da saúde.

    O antigo Bastonário da Ordem dos Médicos Pedro Nunes (2005-2010) recorda que mesmo na ausência de consenso houve sempre respeito e como algumas manobras políticas entristeciam este homem de convicções, mas escolhe destacar que Carlos Ribeiro nunca desistiu de defender aquilo em que acreditava: “Enquanto foi Bastonário tive oportunidade de com ele colaborar, por vezes discordar, mas sempre respeitar. O último dos Bastonários escolhidos dentre os vultos da Medicina na tradição de Miller Guerra e Machado de Macedo, atravessou o período conturbado em que o poder político exercido por gente vulgar quis vulgarizar a Medicina e cortar o vínculo de sempre entre médicos e povo. Surpreendido, ele que cultivava a verticalidade, genuíno na sua origem na margem esquerda, medularmente médico até ao fim e professor catedrático por mérito, respeitado interpares, por vezes encontrei-o, mais que zangado, infeliz. Perseverou sempre. Ainda recentemente o vimos, em audiência concedida pelo Presidente da República, levantar a voz em nome dos doentes deixados para trás pelo cilindro compressor da pandemia. A sua partida deixa o vazio que só os grandes homens conseguem fazer sentir na sua ausência”, lamentou.

     

     

    Na imagem: Capa da revista da Ordem dos Médicos de novembro de 1995, dando conta da vitória de Carlos Ribeiro nas eleições para Bastonário

     

    Qualidade clínica, liderança, humanismo, solidariedade, bondade e empatia

    Na sua honestidade intelectual, Carlos Ribeiro assumia não ter “receitas definitivas” para o “magno problema” que existia no sistema de saúde português, mas dava um conselho útil: “que os responsáveis fujam da epidemia de medidas avulsas que por aí pululam”, num apelo a uma ação política consequente. Sem meias palavras, assumia publicamente as suas críticas: “É imperioso o combate à arrogância baseada em dados estatísticos, não se deixando que se confunda ciência com sabedoria. Evitar o autismo teórico, facilitando o diálogo entre médicos e economistas ou gestores, ultrapassando as fronteiras da sensibilidade profissional, interface dos saberes específicos de cada grupo”. E concluía que “a chave do êxito parece não estar exclusivamente dependente da política geral vigente no país, mas sim ligada à atitude do ministério face aos médicos. O grande desafio que se põe hoje ao ministério da saúde assenta no reconhecimento de que tudo começa com o ato médico. E, o ato médico consiste na comunicação entre dois seres e ganha em não ter interferência de terceiros”.

    Ao falar de si próprio, incluía na definição a sua “proverbial honestidade de processos e total disponibilidade para ajudar na OM a medicina portuguesa na luta contra as dificuldades”.

    São também as qualidades de “um grande senhor da medicina” que são recordadas por quem o substituiu na presidência da OM, o antigo Bastonário Germano de Sousa (1999-2004). “Sucedi ao Professor Carlos Ribeiro como Bastonário da Ordem. Recordo a gentileza e elegância com que me passou o testemunho. De então para cá contei sempre com o seu conselho e estima, os quais bem importantes foram. Recordo a última vez que almoçámos juntos, há pouco mais de um ano no seu Seixal, em que mais uma vez o professor me surpreendeu pela sua visão sempre atenta sobre a medicina, a Ordem e os médicos. Era um grande senhor da medicina.  Com muita saudade lhe prestei as últimas homenagens na missa de corpo presente”, conclui.

    Bastonários recordam o colega Carlos Ribeiro:

    “…foi um Bastonário digno, isento, modesto e independente, de uma indiscutível capacidade profissional que, aliás, lhe granjeou reconhecimento nacional e internacional” – António Gentil Martins

     

     “…foi um médico de corpo, coração e alma, uma referência viva. (…) Guardarei para sempre a imagem de um (…) cultor da ética e das boas práticas médicas, sempre sabedor de usar a palavra certa no momento adequado e de influenciar pelo exemplo” – José Manuel Silva

     

    “Carlos Ribeiro foi provavelmente das primeiras pessoas a aperceber-se e a alertar publicamente para os riscos que a relação médico-doente corre nos dias de hoje e a defender que nenhuma tecnologia ou exame se pode tornar mais central do que olhar, escutar e tocar o nosso doente” – Miguel Guimarães

     

    “Ainda recentemente o vimos (…) levantar a voz em nome dos doentes deixados para trás pelo cilindro compressor da pandemia. A sua partida deixa o vazio que só os grandes homens conseguem fazer sentir na sua ausência” – Pedro Nunes

     

    “Recordo a última vez que almoçámos juntos, (…) em que mais uma vez o professor me surpreendeu pela sua visão sempre atenta sobre a Medicina, a Ordem e os médicos. Era um grande senhor da Medicina – Germano de Sousa

    Datas

    Nome completo: Carlos Soares Ribeiro
    Cédula: 7180
    Especialidade: CARDIOLOGIA
    Data de nascimento:  09/11/1926
    Data de falecimento:  20/11/2021

    Nota: a OM assegura aos herdeiros os direitos de acesso, retificação e apagamento destes dados pessoais.

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