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Desigualdades no acesso a cuidados de saúde continuam a ser um problema

Relatório divulgado pela Comissão Europeia destaca que Portugal é um dos países com maior percentagem de desempregados entre a faixa dos 15 e 64 anos e em risco de não terem acesso a cuidados médicos (10%). “É lamentável o nosso país continuar a ser exemplo pelas piores razões”, afirma Miguel Guimarães.

 

O Relatório Pacote de Inverno do Semestre Europeu hoje divulgado por Bruxelas destaca as desigualdades no acesso a cuidados de saúde em Portugal e considera que se registaram “progressos limitados” no controlo das despesas da Saúde.

Na análise que a Comissão Europeia publica esta quarta-feira sobre a situação económica e social nos Estados-Membros, que integra os progressos na aplicação das recomendações específicas por país e uma avaliação dos possíveis desequilíbrios, as desigualdades registadas no setor Saúde voltam a ser destacadas como um problema por resolver. O relatório sublinha ainda que Portugal é um dos países com maior percentagem de desempregados entre os 15 e 64 anos e em risco de não terem acesso a cuidados médicos (10%).

“Sucedem-se as entidades que sublinham o constante subfinanciamento do Serviço Nacional de Saúde e o Governo insiste em ignorar os indicadores. O acesso à Saúde está hoje de tal forma fragilizado que não há mais como fingir que é urgente encontrar uma solução”, afirma Miguel Guimarães. “É lamentável Portugal continuar a ser exemplo pelos piores motivos”, remata o bastonário da Ordem dos Médicos.

A despesa é considerada também um problema do setor em Portugal, sobretudo devido ao elevado montante de dívidas aos hospitais a rondar os 1200 milhões de euros.