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Congresso da ANEM analisa o presente e projeta o futuro

Na sessão de abertura do 8º Congresso Nacional de Estudantes de Medicina, Fausto Pinto, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa enalteceu a iniciativa dos estudantes, que são o futuro da medicina portuguesa, frisando o gosto em acolher nas instalações da Faculdade o congresso nacional da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM). Já Catarina Dourado, presidente da ANEM, lamentou a ausência da tutela neste encontro, e referiu, entre outros temas aliciantes do programa, a importância de comunicar com eficácia. Esse foi um dos temas desta edição do Congresso Nacional de Estudantes de Medicina que aconteceu nos dias 29 a 31 de outubro.  Convidado a partilhar a sua visão com os estudantes na sessão de abertura do congresso, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, enalteceu a escolha de temas do programa. Elogiando o sistema de formação médica em Portugal, Miguel Guimarães classificou essa interação como sendo de “win-win”, em que há um processo de aprendizagem mútuo, “permitindo que todos estejamos continuamente em formação” e que “formemos médicos que são seguramente dos melhores”. “Não tendo exatamente as mesmas potencialidades em termos de equipamentos e estruturas que países como França, Reino Unido, Espanha ou Alemanha conseguimos fazer mais com menos, graças aos excelentes profissionais de saúde, nomeadamente médicos, que temos em Portugal e que conseguiram orientar da melhor forma possível os doentes COVID”. Paralelamente o bastonário lamentou a falta de resposta aos doentes não-COVID e frisou que “a qualidade depende de todos”. “Tenho imensa esperança e confiança no futuro, um futuro melhor. (…) Tenho confiança nos estudantes e nos jovens médicos” que sabem integrar e valorizar lideranças clínicas sem perder de vista a importância do humanismo da relação com os seus doentes, concluiu Miguel Guimarães, numa nota final positiva.

A sessão de abertura contou ainda com as intervenções de Henrique Cirne, presidente do Conselho das Escolas Médicas, e Roque da Cunha, presidente do Sindicato Independente dos Médicos.