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Comunicado de Imprensa: Infeções respiratórias em pediatria: medidas de mitigação

Com a chegada do Inverno, voltam a reunir-se as condições favoráveis ao aumento das infeções respiratórias virais. Depois de vários anos de restrições com a pandemia, este Inverno as crianças estão mais suscetíveis aos agentes habituais de infeção.

O risco infeccioso dos meses frios é incontornável, especialmente em crianças mais jovens e são vários os agentes víricos que o causam. Medidas de prevenção geral e tratamento sintomático poderão ajudar a ultrapassar esta fase do ano com menos necessidade de recurso a cuidados de saúde e menos complicações.

Os vírus respiratórios são transmitidos de pessoa-a-pessoa, através das gotículas geradas pelo espirro, tosse, respiração ou por objetos contaminados do doente infetado. A transmissão é muito fácil, podendo acontecer inclusive através da fala, e a pessoa infetada é contagiosa ainda antes de ter sintomas agudos.

Algumas medidas que podem reduzir o risco de ocorrência de infeções respiratórias:

  1. Evitar exposição de crianças a ambientes poluídos, especialmente de fumo de tabaco.
  2. Evitar contacto próximo com pessoas com infeções respiratórias em curso.
  3.   Não levar crianças sintomáticas para escola ou infantário e notificar os educadores dessa situação para alertar os pais de outras crianças potencialmente expostas.
  4.   Respeitar cuidadosamente as regras de prevenção de infeções, tais como os cuidados de “etiqueta respiratória” e manter distanciamento prudente sempre que necessário.
  5. Evitar transitar de ambientes muito quentes para o frio exterior sem proteção adequada.

Perante sintomas de infeção respiratória em crianças, o Colégio de Pediatria recomenda que sejam tomadas algumas medidas de mitigação de risco infeccioso e de cuidados de primeira linha, nomeadamente:

  1. Cuidados de higiene das mãos, medidas de etiqueta respiratória e distanciamento físico, se existirem sintomas. Deve-se evitar a frequência de locais de elevada concentração de pessoas em ambientes fechados.
  2. Em caso de sintomas agudos, deve contactar-se preferencialmente o médico assistente que poderá observar a criança se os sintomas se agravarem ou não melhorarem dentro do prazo previsível.
  3. Promover hidratação adicional para facilitar a fluidificação de secreções e compensar as perdas de transpiração pela febre.
  4. Efetuar tratamento sintomático com medicamento para a febre e descongestionamento nasal, se necessário.
  5. Fracionar as refeições, pela diminuição do apetite, mas também para reduzir o risco de vómito com os acessos de tosse.
  6. Discutir com o médico assistente sobre a necessidade de medidas de prevenção específicas em caso de crianças com risco especial de gravidade por infeções respiratórias.
  7. Reforça-se o conteúdo do folheto emitido pela Direção Geral de Saúde e pela Ordem dos Médicos sobre Bronquiolites: http://criancaefamilia.spp.pt/media/128777/Folheto_bronquiolite-aguda_DGS.pdf

Não sendo possível evitar a ocorrência destas infeções, estas e outras medidas podem reduzir o seu risco e evitar deslocações às urgências pediátricas, libertando, assim, os profissionais de saúde para o atendimento a casos mais graves.