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Bastonário lembra que saúde é um direito humano universal e dedica o dia a todos os médicos e doentes

O Dia Internacional dos Direitos Humanos assinala-se hoje e a Ordem dos Médicos quis associar-se a esta efeméride, que ganha contornos especiais neste ano de pandemia. O bastonário da Ordem dos Médicos lembra que a saúde é um direito humano universal e que foi especialmente afetada, em Portugal e noutros países, com a Covid-19, pelo que apela a um particular cuidado com este setor em 2021.

“Nas sociedades ditas desenvolvidas, há valores e direitos que damos quase como garantidos. A pandemia desafiou-nos a todos de uma forma que seria difícil antecipar e confrontou-nos, ainda mais, com a fragilidade da vida humana. Em apenas um ano, estamos a assistir a grandes retrocessos e situações de desigualdade e iniquidade que não podemos aceitar”, explica o bastonário da Ordem dos Médicos. “É urgente que o poder político cumpra os desígnios previstos em documentos tão estruturantes como a Declaração Universal dos Direitos Humanos ou como a nossa Constituição e invista, na prática, o que o nosso Serviço Nacional de Saúde precisa para dar uma resposta de qualidade a todos”, acrescenta Miguel Guimarães.

“A Ordem dos Médicos dedica este dia a todos os médicos e profissionais de saúde que, mesmo sem condições de trabalho e sem a devida valorização, se esforçam todos os dias para que os doentes não sintam os constrangimentos criados pelo desinvestimento e más políticas de que o nosso serviço de saúde tem sido alvo. Dedicamos o dia também a todos os doentes que estão ao nosso lado e que nos fazem sentir que, por eles, vale sempre a pena a Ordem dos Médicos lutar para combater as desigualdades sociais em saúde”, reforça o bastonário, salientando que o Dia Internacional dos Direitos Humanos coincide com a semana em que os jovens médicos cumprem o seu Juramento de Hipócrates, prometendo consagrar as suas vidas ao serviço dos doentes.

O bastonário também recorda que a Ordem tem tido um papel especial em algumas mudanças relacionadas com os direitos humanos, como a recente alteração do Código Deontológico para permitir a colaboração dos médicos em casos de suspeita de tráfico de órgãos.

Lisboa, 10 de dezembro de 2020

 

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