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Bastonário defende campanha para recuperar e manter a confiança nas vacinas

Numa altura em que o país continua a avançar nas várias fases de desconfinamento e em que a redução de doentes com Covid-19 em enfermaria e em cuidados intensivos pode trazer aos cidadãos uma falsa sensação de segurança e de que a pandemia está ultrapassada, o bastonário da Ordem dos Médicos entende que esta é uma fase especialmente crítica. Por isso, para o bastonário, a comunicação com a população desempenha um papel central e deve ser reforçada, clara e transparente.

“As notícias recentes, sobretudo pela forma como são transmitidas a nível internacional, têm levado a um debate sobre a confiança e eficácia nas vacinas que pode comprometer o sucesso do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. É muito importante que a tutela e todas as instituições colaborem no sentido de criar uma campanha para recuperar e manter a confiança nas vacinas”, defende o bastonário da Ordem dos Médicos.

Miguel Guimarães lembra que as vacinas contra a Covid-19 aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento são seguras, com um número de reações adversas semelhante entre elas, e têm contribuído para proteger os cidadãos até agora vacinados, desde os médicos e outros profissionais de saúde, aos idosos ou pessoas com doenças crónicas. “A vacinação é um ato de proteção individual, que nos permite pouco a pouco retomar o contacto com as nossas famílias e amigos, mas sempre de forma protegida com máscara, distanciamento e higiene das mãos. É também crítica para atingirmos a imunidade coletiva. Vencer a Covid-19 depende de todos nós”, acrescenta.

“As reações adversas reportadas pelas três vacinas em uso em Portugal têm uma incidência bastante baixa e muitas estavam até identificadas nos ensaios clínicos realizados. O benefício das vacinas supera de forma clara e inequívoca o risco. É indispensável manter uma rigorosa fármaco-vigilância, registar todos os potenciais efeitos adversos e manter a confiança total dos cidadãos na imunização. Estamos todos atentos à evidência científica”, reitera o bastonário.

 

Lisboa, 12 de abril de 2021