Também Gustavo Carona, médico intensivista, considera que “os passos vão ser dados, mas o timing terá que ser discutido”. Neste sentido, acredita que “o primeiro passo é a retirada dos certificados [de vacinação] para a grande maioria dos estabelecimentos, seguido de uma testagem orientada apenas para as pessoas que tenham sintomas”. Posteriormente, com a devida monitorização da situação, será natural “acabar com os isolamentos profiláticos e, finalmente, com os isolamentos ou, pelo menos, com a obrigatoriedade, para se tornar apenas numa recomendação, com os cuidados de usar máscara e evitar ajuntamentos. Isto nos casos de pessoas assintomáticas o com sintomas ligeiros”.
Questionados sobre se este será o fim da pandemia de Covid-19, Gustavo Carona realça que “ninguém sabe como se define o fim de uma pandemia. (…) Contudo, no momento em que for possível deixar de isolar os casos infetados com sintomas ligeiros e assintomáticos, e ainda assim não pôr os hospitais sobre grande pressão, será uma transição para a tal quase normalidade tão esperada”. Já Miguel Guimarães acredita que “na primavera já podemos fazer a nossa vida normal, porque vamos entrar numa fase diferente da pandemia, provavelmente, numa endemia. Obviamente, vamos passar esta fase difícil e passar a fazer uma vacina anual, não em todas as pessoas, mas apenas nos grupos de risco”.
Em relação à discussão à volta do uso da máscara, o bastonário da Ordem dos Médicos considera que a obrigatoriedade é necessária até ao fim do mês de fevereiro. “É altamente recomendável que nos locais fechados se continue a usar máscara, contudo na rua já não é estritamente necessário. A máscara será a última coisa a coisa a cair e acontecerá já durante o mês de março”. Gustavo Carona deixa a recomendação que nos hospitais e lares de idosos, onde se encontram as pessoas mais frágeis, a obrigatoriedade do uso da máscara permaneça.
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