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A sessão sobre a Reforma da Governação do SNS teve como presidente Manuel Teixeira Veríssimo e moderador Henrique Cabral, centrando-se em modelos de governação, eficiência na decisão em saúde, autonomia hospitalar e responsabilidade institucional, e na necessidade de uma visão estratégica para políticas públicas. Álvaro Almeida defendeu que o SNS deve garantir resultados iguais para todos os doentes, mas explicou que isso não significa tratá-los de forma idêntica, pois cada pessoa tem um ponto de partida diferente. Destacou que a boa governação exige gestão que reflita essa diversidade e enumerou as virtudes do modelo de financiamento por capitação, que incentiva a gestão eficiente dos recursos para alcançar resultados. Mas, alertou, esse modelo não pode ser aplicado uniformemente em todo o SNS. “Para sermos equitativos nos resultados, é necessário diferença de meios para garantir resultados iguais”. Já Xavier Barreto realçou a importância da autonomia hospitalar, que promove agilidade, motivação e compromisso com resultados, mas alertou para a necessidade de definir parâmetros claros. Para este orador a autonomia deve envolcer nomeação de lideranças, gestão de recursos humanos e gestão de compras mas sempre com enquadramento em rede e de acordo com as políticas e diretivas dos governos. Adalberto Campos Pinheiro, por seu lado, enfatizou que o financiamento deve considerar fatores demográficos como o envelhecimento da população, a carga de doença e os custos associados e alertou para o risco de criar estruturas adicionais sem avaliar a sua utilidade. Também lamentou que o registo de saúde eletrónica ainda não esteja totalmente implementado.

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