Homenagem
À memória de António Manuel Pantoja Rojão
Nasceu a 28 de Dezembro de 1943 e faleceu no passado dia 25 de Abril de 2020, vítima da Covid-19.
Médico por vocação, pintor por paixão, viajante por fascínio em conhecer outros povos e suas culturas.
Graduado em chefe de serviço de Medicina Interna, exerceu a sua actividade nos Hospitais Civis de Lisboa, actualmente Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central. Além de outras funções exercidas, foi cofundador da Unidade de Emergência Médica – Hospital de S. José – onde trabalhou durante 4 anos.
Apresentou os seus trabalhos pictóricos em dezenas de Exposições, estando representado em várias colecções, para além de ter sido distinguido com alguns prémios, entre os quais, o 1 º Prémio Mário Botas – Pintura – da SOPEAM, em cuja Direcção tomou assento durante um mandato.
Gostava de escrever poesia, tendo até editado um livro intitulado ‘Poemas do Meu Despedaçar’.
De personalidade simples, culto, humanista, sensível, gostando de comunicar com todos, independentemente do seu estatuto social, dizendo sempre que aprendia muito com as conversas que mantinha.
Amava a Vida a tal ponto que o sentimento do Fim o atormentava.
Dez dias antes de ser internado no Hospital, e, receando a causa do que sentia, telefonou a amigos e familiares, chegando a expressar a sua mulher que a despedida deste Mundo estava próxima, tendo acrescentado que não mais regressaria a casa.
Passadas 24 horas após ter sido informado que estava infectado por Covid-19, foi hospitalizado, mas, o seu estado de saúde agravou-se progressivamente, tendo acabado por não sobreviver. Confirmara-se a afirmação que havia feito ao sair de casa…
Foi uma Despedida da Vida e do Mundo. . . estranha, solitária e trágica!
Autora do texto: Maria Dora Rojão
Cédula profissional: 11961
Data de nascimento: 28/12/1943
Faculdade: UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Data de falecimento: 25/04/2020