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"Não deixe que o hospitalocentrismo destrua os cuidados de saúde primários", instou o Bastonário da Ordem dos Médicos em palavras dirigidas à Ministra da Saúde no decorrer da sessão de abertura do 42º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar (MGF), defendendo aquela que definiu como uma área em que Portugal tem "cuidados muito bem estruturados". “Como bastonário da Ordem dos Médicos irei até onde for necessário para nunca ver acontecer isto no meu país. Tenho e volto a repeti-lo, para não haver dúvidas, um apreço muito grande por tudo aquilo que fizeram, por tudo aquilo que têm feito pela Medicina portuguesa e pelos nossos doentes.” Neste encontro de MGF abordaram-se temas como o deslumbramento pela ciência pois, apesar de vivermos numa época de desinformação, assistimos paralelamente a uma explosão da Inteligência Artificial que poderá potenciar ainda mais o conhecimento de que dispomos. Mas há muitas outras áreas, desde a emergente computação quântica, que não saberemos onde nos levará, ao novo ímpeto da exploração espacial. Esta foi também uma análise que marcou a intervenção de Carlos Cortes ao estabelecer potenciais ligações à medicina. O Bastonário assinalou a ciência como pilar absolutamente fundamental da saúde e, no contexto da Medicina Geral e Familiar, defendeu o recurso à tecnologia como facilitador do trabalho médico. "A MGF é uma especialidade de proximidade, que olha para o doente como um todo e, sobretudo, como uma pessoa, como um ser humano, relacionando-se com a comunidade, com a sociedade, com o ambiente e com a rede onde o médico está inserido", uma relação que pode e deve ser facilitada pelo uso de tecnbologia em tarefas administrativas. 

Carlos Cortes mencionou ainda os obstáculos atuais da saúde em Portugal, vincando a importância do ato médico e da sua defesa, bem como a necessidade de aumentar o investimento em prevenção e promoção da saúde, além do investimento na atratividade do Serviço Nacional de Saúde. O contexto político instável em que vivemos acaba por representar medidas políticas inconstantes e que não conseguem realmente reformular o sistema de saúde do país, lamentou.

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