A violência sobre profissionais de serviços de saúde tem aumentando, refletindo-se em percentagens cada vez mais altas de burnout, exaustão e complicações psicológicas. O médico João Redondo, coordenador do Gabinete Nacional de Apoio ao Médico (GNAM) destaca que “em Portugal, dados do Gabinete de Segurança do Ministério da Saúde indicam que, em 2023, dos 16.282 profissionais inquiridos, 23% reportaram ter sofrido pelo menos um episódio de violência no trabalho – percentagem que sobe para 24% relativamente aos médicos”, isto é, a violência é “uma ameaça diária para quem cuida”. Através de violência física e psicológica, assédio moral e sexual, os profissionais de saúde ficam muitas vezes em situações de vulnerabilidade e sofrimento. O artigo de opinião, publicado no Observador, da autoria do médico João Redondo assinalou o Dia Mundial da Segurança no Trabalho, celebrado a 28 de abril, e relembra os riscos que os profissionais de saúde enfrentam na sua atividade. O burnout afeta um em cada quatro médicos internos, de acordo com um estudo do Conselho Nacional do Médico Interno (CNMI) de 2023 e 35,5% já recebeu algum tipo de apoio psicológico ou psiquiátrico. É neste contexto laboral que surge o GNAM, estrutura de apoio dos médicos que precisem de suporte “promovendo uma abordagem de saúde pública, ecológica-sistémica e em rede”.
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