Carlos Cortes iniciou o seu primeiro dia de trabalho como bastonário da OM com uma audiência simbólica, ao receber uma delegação de representantes da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP). No encontro foram debatidas as dificuldades relacionadas com a formação pré e pós-graduada, tema de grande relevância para todas as ordens aqui representadas: Brasil, Angola, Cabo Verde e, naturalmente, Portugal.
O bastonário agradeceu primeiro de forma institucional mas rapidamente realçou o aspeto emocional e a felicidade por ter sido agraciado na sua cerimónia de tomada de posse como bastonário por uma das maiores delegações de representantes da Comunidade Médica de Língua Portuguesa neste tipo de evento.
Presentes estiveram: Elisa Gaspar, bastonária da Ordem dos Médicos de Angola, Jeancarlo Fernandes Cavalcante, presidente da CMLP por indicação do Conselho Federal de Medicina do Brasil e ex- presidente da Confemel, Carlos Magno Pretti Dalapicola e Hiran Gallo respetivamente tesoureiro e presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) do Brasil, Danielson Veiga, Bastonário de Cabo Verde e José Manuel Pavão, presidente da Assembleia-Geral da CMLP.
José Manuel Pavão definiu como muito “simbólico” que “esta seja a primeira audiência oficial do novo bastonário da Ordem dos Médicos, Dr. Carlos Cortes”. Em termos de enquadramento histórico referiu como “foi através da OM de Portugal que a OM da Guiné Bissau se começou a organizar apesar de todas as dificuldades”, e como foi também a OM portuguesa quem tem pugnado pela tentativa de criação de uma ordem profissional de médicos em Timor.
Dirigindo-se a Elisa Gaspar, felicitou-a, enaltecendo o seu trabalho, à semelhança de outros intervenientes desta reunião: “Sou testemunha do trabalho que tens feito, sobretudo um trabalho de muita coragem com as dificuldades imensas que tens enfrentado”, mencionou, garantindo que a CMLP é solidária com os seus membros.
Todos os presentes manifestaram de forma unânime otimismo de que se possa vir a encontrar solução para problemas tantas vezes comuns como sejam a perda de quadros qualificados em medicina ou a necessidade de aumentar a base de médicos formadores e capacidades formativas em cada um desses países.
Transmitiram igualmente “respeito pela OM de Portugal na pessoa do Senhor Bastonário Carlos Cortes com quem esperamos estreitar estes laços de amizade baseados [tanto na história como] na língua portuguesa”.