A questão da qualidade da prática clínica e da qualificação dos profissionais nela envolvidos, deve constituir imperativo fundamental para a manutenção de padrões de resposta adequados às necessidades dos doentes.
Muito se tem falado sobre esta temática e vários modelos têm sido propostos para aferir sobre competências, qualificações e experiências dos profissionais, validados e postos em prática nalguns países, mas com adesão variável e diversa em relação às diferentes áreas profissionais.
A sociedade em geral exige cada vez mais qualificações reconhecidas que se materializem na prática clínica através de experiência reconhecida e de resultados conseguidos.
O desenvolvimento tecnológico e a inovação obrigam a formações regulares dos médicos como condição incontornável para o reconhecimento da sua qualidade e da sua competência.
Só desta forma os profissionais podem ser escrutinados periodicamente e ser aferida a sua capacidade técnico-profissional.
E nesta matéria devem ser os próprios médicos a implementar e a sensibilizar os pares para essa necessidade de certificar e recertificar os seus profissionais, e não outros organismos ou entidades a faze-lo baseados muitas vezes em critérios desajustados e aberrantes.
Indo ao encontro desta necessidade entendeu a Ordem dos Médicos criar a Conselho Nacional de Auditoria e Qualidade,que irá apresentar uma proposta de certificação que vá ao encontro destes objectivos, protegendo e salvaguardando também os interesses dos médicos.
Apelamos à adesão dos colegas e precisamos do vosso apoio e participação sem comodismos de zona de conforto nem falsos fantasmas.
Os médicos são das classes profissionais que mais são avaliadas ao longo da sua vida.
Esta causa é de todos nós e todos vamos ter que nos mobilizar como única maneira de demonstrarmos que estamos disponíveis e queremos aumentar a confiança da sociedade portuguesa na sua classe médica.
(Jacinto Monteiro – Conselho Nacional de Auditoria e Qualidade)