A Ordem dos Médicos vem por este meio esclarecer que:
- Em prol da qualidade dos cuidados de saúde prestados às mães e crianças, a Ordem dos Médicos aceitou participar ativamente na Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Blocos de Parto com a apresentação de propostas.
- O não envio ao Conselho Nacional da Ordem dos Médicos do relatório final da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Blocos de Parto – que deu origem à orientação referente aos cuidados de saúde durante o trabalho de parto emitida pela Direção Geral da Saúde – configura um desrespeito institucional e revela uma atuação não cooperante numa matéria de grande relevância para a população e para os cuidados de saúde em Portugal
- Os representantes nomeados pela Ordem dos Médicos para a Comissão de Acompanhamento apresentaram diversas propostas importantes com vista à melhoria das respostas em saúde para as mães e crianças, não tendo as suas opiniões técnicas sido atendidas no documento publicado.
- Os representantes nomeados pela Ordem dos Médicos para a Comissão de Acompanhamento não tiveram conhecimento da versão final do relatório, tendo inclusivamente o nome do representante do Colégio de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos sido excluído do documento.
- O Colégio de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos discorda do conteúdo do relatório final da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Blocos de Parto e considera que se perdeu uma oportunidade de melhorar os cuidados de saúde nesta área.
Assim, a Ordem dos Médicos informa que:
- Os membros indicados pelo Colégio de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos apresentaram hoje a sua demissão da referida comissão, assim como os representantes dos Colégios de Anestesiologia e de Pediatria, não estando nestas circunstâncias, considerada a sua substituição.
- A Ordem dos Médicos vai requerer a revogação imediata desta orientação da Direção Geral da Saúde, em prol de um processo que seja discutido, inclusivo e transparente, e que garanta a melhor qualidade dos cuidados de saúde às mães e às crianças.