No 22º Congresso Nacional da Ordem dos Médicos que decorreu no Porto, entre os dias 26 e 28 de setembro, Ana Paula Martins – bastonária da Ordem dos Farmacêuticos – foi convidada a refletir sobre o papel do médico nas equipas de saúde. A líder dos farmacêuticos não tem dúvidas de que “a centralidade do médico nas equipas de saúde” é “totalmente inquestionável”. Em tempos de mudança social e tecnológica, “urge que os médicos assumam também uma nova e renovada liderança num tempo que, sendo de oportunidades e desafios, é também o tempo de todos os perigos”.
Os congressos nacionais da Ordem dos Médicos têm-se pautado, principalmente nas últimas edições, pela abertura à sociedade civil e a outros pontos de vista que não se esgotem apenas em pensamentos e análises de dentro para dentro.
Ana Paula Martins foi desafiada a dissertar sobre o papel do médico nas equipas de saúde, considerando o tema de “uma beleza e de uma complexidade enorme, difícil de compartimentar e de definir ao seu ínfimo pormenor”.
Os tempos mudaram, a tecnologia avançou e “a ciência hoje obriga-nos à compartimentação” e, por isso, “a gestão da mudança é fundamental numa atitude proativa, não de reinventar a medicina ou papel dos médicos, mas serem os médicos os agentes dessa mudança”, apelou.
Ana Paula Martins considera “a centralidade do médico nas equipas de saúde totalmente inquestionável”, sem retirar nenhuma importância ao contributo de outros profissionais que na equipa de saúde convergem para o processo de cuidados. “Todos iguais na dignidade, todos necessários, todos fundamentais, mas com responsabilidades e níveis de responsabilidade diferentes (…). Nas verdadeiras equipas não há protagonismos nem direitos, há deveres e responsabilidades”, assentou.
Veja a reportagem completa na edição Nº 201 da ROM – Revista da Ordem dos Médicos