O bastonário da Ordem dos Médicos juntou-se ao Fórum TSF do dia 16 de dezembro para analisar a situação pandémica em Portugal, nomeadamente as consequências da variante Ómicron e o processo de vacinação que decorre nos país.
TSF – “O que é mais urgente neste momento é vacinar as pessoas que são mais frágeis”, diz bastonário
Quanto à vacinação de crianças, Miguel Guimarães vincou que é necessário acelerar este processo, mas que as crianças não são a prioridade. “A população mais velha é, de longe, a mais frágil. Não estou a dizer que as crianças não devam ser vacinadas. Com certeza que sim, os técnicos decidiram assim, têm indicação, está a acontecer nos vários países, mas não é a emergência neste momento. O que é mais urgente neste momento é vacinar as pessoas que são mais frágeis e que podem morrer em consequência da infeção”.
Já as declarações de António Costa – que revelou que Portugal já apresentou um pedido de compra conjunta de uma nova vacina contra a COVID-19 adaptada à variante Ómicron, para o caso de ser necessária uma quarta dose – foram o mote para Miguel Guimarães alertar que o Primeiro-Ministro avançou dados sem ter ainda uma base científica sólida. Ainda assim, considerou o representante de todos os médicos, o líder de Governo “fez bem” em antecipar um cenário mais complicado por causa da Ómicron, mesmo que não venha a concretizar-se.
“Positivo é o aspeto, de facto, de antecipar, isto é, de estar preparado; no caso de ser necessário fazer vacinação das pessoas novamente – não seria propriamente uma quarta dose, já seria uma vacina mais ajustada à Ómicron -, termos essa possibilidade”, referiu. “Portugal e os outros Estados têm de ter um controlo muito grande sobre esta matéria, isto é, têm de acompanhar, através dos seus próprios cientistas, o que está a acontecer e perceber se é necessário mesmo uma vacina para esta nova variante, admitiu o bastonário.