Em declarações à TSF, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, frisou a existência de problemas crónicos no SNS como seja o desinvestimento ou a falta de planeamento, designadamente em termos de recursos humanos. Carlos Cortes considera que ainda é cedo para avaliar o trabalho do ministro da Saúde e do diretor executivo do SNS mas lamenta que no caso das urgências ainda esteja tudo na mesma. “Tenho de constatar que na área da ginecologia obstetrícia, por exemplo, (…) temos exatamente o que tínhamos há um ano. E o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, veio anunciar que se ia manter exatamente a mesma fórmula que tínhamos há um ano”. O bastonário insta os responsáveis políticos a passarem das palavras aos atos: “Temos de ter medidas concretas, não só promessas ou palavras. É isso que penso que é necessário para o Serviço Nacional de Saúde [ação]. Passamos os dias a ouvir falar de promessas, projetos, mas pouco se concretiza. E é isso que este ministro da Saúde, que está há seis meses, bem como o diretor executivo, que está há menos tempo, vão ter de mostrar ao país. Todos os diagnósticos já estão feitos, são conhecidos. Sabemos quais são as dificuldades. O que nós queremos neste momento é que haja ação, que haja intervenção e uma mudança necessária para o Serviço Nacional de Saúde”, concluiu o bastonário da Ordem dos Médicos. Outras associações ouvidas no Fórum TSF (Associação dos Administradores Hospitalares, APMGF – Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar e Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar), destacaram igualmente a falta de profissionais como um dos maiores problemas do SNS.
Para ouvir o fórum TSF: https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/associacoes-e-ordem-dos-medicos-dizem-que-pizarro-e-direcao-executiva-fizeram-muito-pouco-pelo-sns-16114164.html