Tânia Varela foi uma das treze médicas que ganharam a bolsa da Fundação “la Caixa”, em cooperação com a Ordem dos Médicos, que permitiu a realização de estágios nacionais e internacionais na área da Medicina Paliativa para aquisição da competência.
Na sequência de um protocolo assinado em dezembro de 2018, a Ordem dos Médicos e a Fundação ”la Caixa” lançaram um concurso com vista à atribuição de bolsas que permitissem aumentar em 20% o número de médicos com reconhecida competência em Medicina Paliativa no país. O objetivo foi atingido com sucesso, tendo sido atribuídas treze bolsas a treze médicas.
Em entrevista à TVI, Tânia Varela afirmou acreditar que o facto de a Ordem dos Médicos e a Fundação “la Caixa” se terem juntado nesta iniciativa veio dar mais visibilidade à Medicina Paliativa: “Percebe-se que é uma vontade de todos que vai fazer com que seja possível que os cuidados paliativos se tornem uma área nobre da medicina”.
A especialista em Medicina Geral e Familiar no Centro de Saúde de Alcabideche (ACES Cascais), explicou que “os cuidados paliativos são muito mais do que pegar na mão do doente. Devem ter afeto, sim, mas são mais do que isso”. “E são cada vez mais necessários. A estrutura populacional do nosso país mudou muito, as pessoas vivem cada vez mais tempo, mas têm muito mais doença e com uma carga de sintomas muito maior”.
Em Portugal estima-se que cerca de 80% das pessoas não tenham acesso a cuidados paliativos quando precisam. Dados referentes a 2017 indicam que dos 70 mil a 85 mil portugueses a necessitar de cuidados paliativos, apenas 12 mil terão recebido este tipo de cuidados.