Após ter conhecimento da situação que afetaria o normal funcionamento do serviço de urgência geral (SUG) do hospital S. Francisco Xavier (CHLO) a partir do dia 1 de agosto, o bastonário da Ordem dos Médicos pediu informações e esclarecimentos ao Conselho de Administração (CA) sobre a situação em causa e as medidas adotadas com vista a assegurar o bom funcionamento do SUG daquele hospital, evitando a demissão em bloco de todos os seus chefes de equipa. Desde há 5 dias e até ao momento, e após insistência, não foi obtida nenhuma resposta por parte do CA.
Com base na informação de que dispomos, reiteramos o nosso total apoio ao grupo de Assistentes Hospitalares de Medicina Interna, na defesa dos doentes e nomeadamente da sua segurança e qualidade clínica.
A decisão do CA de não cumprir as equipas-tipo e escalas adequadas às necessidades dos doentes, significa estar de forma voluntária a diminuir a segurança e qualidade clínica dos serviços prestados, a aumentar os níveis de burnout e sofrimento ético dos médicos, e a prejudicar de forma substantiva a formação médica. Todas estas situações preocupam a Ordem dos Médicos e irão ser alvo de intervenção especial, caso o CA do referido hospital mantenha a decisão já contestada pelos médicos. Não é aceitável que, numa especialidade como a Medicina Interna, o SUG fique fragilizado, nomeadamente sem um especialista na escala (o cargo e funções de chefe de equipa é diferente do exercício em pleno da função de especialista).