“João Taborda Memorial Salon” é o novo salão de fotografia português que irá, além de uma galeria online, concretizar-se numa exposição presencial de todas as imagens premiadas, na Biblioteca Orlando Ribeiro, espaço cedido pela Câmara Municipal de Lisboa. Este salão foi o sonho do médico fotógrafo João Taborda, que continuou, mesmo depois da sua morte, pela mão da também médica Fátima Caeiro Taborda, companheira de vida que sempre partilhou da sua visão humanista.
Os interessados podem inscrever-se e participar até dia 15 de maio de 2023 em: https://theiaap.com/joaotaborda/
Na próxima edição da revista da OM, ROM nº 232, teremos uma entrevista com Fátima Taborda, na rubrica “cultura”, da qual deixamos aqui um ligeiro preview: “João Taborda Memorial Salon” foi “um dos projetos não concretizados do João”. Perante a insistência dos amigos de outros países para que Portugal tivesse um certame dessa natureza, Fátima Caeiro Taborda tentou, primeiro, abordar fotógrafos portugueses. Como essa abordagem foi “sem sucesso”, resolveu “organizar um concurso para estimular o regresso dos nossos excelentes fotógrafos ao ranking mundial! Espero que estes respondam ao meu repto!”, tarefa que “só tem sido possível com o apoio incondicional de fotógrafos como a Barbara Schmidt, Buket Ozatay, Ana Filipa Scarpa e Vladimir Jovanovski, entre outros”, explica-nos.
João Taborda “contava histórias através do seu olhar”. “Denunciar, revelar, enaltecer e compartilhar, constituíam o desígnio das suas imagens. Eu, na retaguarda, era cúmplice das suas ações ao comungar incondicionalmente da sua visão da humanidade”, explica-nos Fátima Caeiro Taborda que, “para contrariar a inércia e [excesso de] humildade que, por vezes, nos caracteriza como nação”, decide criar o João Taborda Memorial Salon, o novo salão de fotografia português online de âmbito internacional. Com o projeto já em curso, o sonho é que este trabalho tenha retorno: “seria uma enorme felicidade conseguir uma grande adesão dos amantes de fotografia portugueses! Talvez seja o primeiro salão fotográfico de muitos e, para o qual espero que consigamos o mesmo prestígio do saudoso Salão do Algarve… E, tal como o João, também penso que um júri presencial faz um trabalho muito mais interessante. Assisti ao trabalho de vários júris, como observadora, e é um ambiente vibrante de intercâmbio de ideias e de aprendizagem. Com arte e beleza sempre presentes!”
“Penso que qualquer forma de arte ensina a compreender o doente como um todo. Com a sua emocionalidade, temores e ansiedades. Mas permite também que nos confrontemos com a nossa própria fragilidade, tantas vezes amordaçada por uma objetividade considerada imperiosa”. E é precisamente das fragilidades que sentimos que nasce a força com que Fátima Caeiro Taborda mergulha na cultura fotográfica, transformando sonhos e desejos, partilhados com João Taborda, em realidades. A todos os amantes de fotografia fica o desafio de participar no primeiro salão internacional de fotografia de âmbito nacional. E de lerem, na próxima revista, a entrevista completa.