Miguel Guimarães afirmou no programa “18|20” da RTP3, de dia 26, que Portugal carece de uma nova matriz de risco, com indicadores adequados à situação atual, nomeadamente que permita “harmonizar” o índice de transmissibilidade (o famoso Rt), a incidência e a gravidade. O bastonário da Ordem dos Médicos sublinhou a necessidade da monitorização de infetados já vacinados como forma de controlo das variantes do SARS-CoV-2, algo que não tem estado a acontecer.
Miguel Guimarães explicou que a matriz de risco que está em vigor “tem uma relação direta entre o Rt e a incidência”. Já a gravidade é avaliada “através da pressão que os casos e o próprio Rt têm no Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente ao nível de internamentos, cuidados intensivos e óbitos”. Porém, com a vacinação, “esta ligação começou a perder-se”.
É de recordar que Portugal tem recebido um número considerável de turistas do Reino Unido, onde a “variante indiana cresceu 160%”. Apesar destes turistas fazerem um “teste PCR até 72h antes da viagem, podem ter tido contacto com pessoas infetadas antes de virem e o PCR ainda ser negativo”, realçou.
Aos olhos do bastonário, Portugal “tem condições suficientes para travar a situação e evitar um novo confinamento”, mas lembrou também que “ainda não chegamos a um número de vacinados que nos confira imunidade de grupo. É, portanto, necessária a continuidade “de adesão às medidas de prevenção e controlo”, nomeadamente o uso da máscara, o distanciamento e a higiene das mãos.
Assista à intervenção do bastonário aqui