A Ordem dos Médicos (OM) sublinha que o alívio das restrições no Natal e a campanha em torno da vacinação são dois momentos-chave que reduziram a perceção do risco – em relação à COVID-19 – por parte da população e, consequentemente, contribuíram para o agravamento da pandemia. O bastonário, Miguel Guimarães, reiterou e explicou estes argumentos no Jornal da Tarde da RTP 1, emitido no dia 10 de janeiro. O representante dos médicos portugueses defendeu também o encerramento das escolas no quadro de um novo confinamento geral, uma decisão que veio a ser tomada em sentido contrário pelo Governo.
“Recordo que no Natal as medidas restritivas praticamente não existiram, apesar de várias insistências de várias entidades, incluindo a Ordem dos Médicos, porque nós já sabíamos todos que o facto de termos um Natal à vontade ia ter uma consequência deste tipo”, enfatizou o bastonário. “Neste momento já vamos a correr atrás do prejuízo”, acrescentou.