Em entrevista à Rádio França Internacional, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, refere que apesar de em 2021 se ter normalizado o que era feito no Serviço Nacional de Saúde, não se conseguiu recuperar todos os doentes.
“Cerca de 30 milhões de exames ficaram por fazer, 450 milhões de pessoas não fizeram rastreio do cancro da mama, cancro do colo do útero e cancro do colon e recto. Os novos diabéticos diagnosticados em 2020 caiu cerca de 20% a 25%, a mesma situação para o número de novos diagnósticos de hipertensão arterial também caiu, a mesma situação para a insuficiência cardíaca”, explicou.
Miguel Guimarães defende um “plano Marshall” que permita a recuperação dos doentes que ficaram fora do Serviço Nacional de Saúde, admitindo que neste momento ainda é possível diagnosticar muitos cancros que estão em fase inicial.
“A Ordem dos Médicos tem proposto, tal como a Convenção Nacional da Saúde, um plano de recuperação destas pessoas que ficaram de fora, uma espécie de plano Marshall. Um plano que estenda a rede de diagnóstico, que torne a malha mais fina, permitindo captar mais doentes que ficaram para trás. Neste momento nós ainda temos tempo para diagnosticar muitos cancros que estão em fase inicial e, portanto, são curáveis”, considera.
Relembra, ainda, que “neste momento, o Serviço Nacional de Saúde tem uma falta grande de médicos de várias especialidades, incluindo médicos de família” e que só a transformação do SNS pode atrair mais profissionais, destacando a “inovação, tecnologia e formação”, como fatores principais, bem como a “modernidade, a flexibilidade e a autonomia das unidades de saúde.”
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