A Ordem dos Médicos tomou conhecimento de situações em que os centros hospitalares e hospitais estão a impedir a entrada de alunos de medicina nas suas instalações, tal como foi denunciado pelo Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP), cujo comunicado corroboramos. Nesse sentido, vimos apelar a que as entidades competentes revejam esta decisão e adotem com urgência uma visão estratégica, para que a pandemia não trave a formação dos futuros médicos.
“A formação dos estudantes de medicina é crucial e decisiva para a qualidade do sistema de saúde no médio e longo prazo, pelo que condicionar, para lá do razoável, o contacto prático com os doentes pode ter efeitos muito nefastos para os futuros médicos e, sobretudo, para os doentes”, explica o bastonário da Ordem dos Médicos.
“Mais, a atual situação pandémica tem levado a que a Covid-19 crie uma pressão e disrupção muito grandes no Serviço Nacional de Saúde, pelo que, com o devido enquadramento, a presença de estudantes de medicina pode trazer vantagens aos hospitais. Estamos também perante uma oportunidade única de aprendizagem para futuras pandemias que assolem o mundo, que será irresponsável desperdiçar”, reforça Miguel Guimarães.
Lisboa, 14 de novembro de 2020