A proposta de novo Estatuto do Serviço Nacional de Saúde foi apresentada de forma pública sem que antes tivessem sido ouvidos e consultados parceiros essenciais que todos os dias concretizam o sistema público de saúde no terreno.
Nesse sentido, o bastonário da Ordem dos Médicos enviou na semana passada à ministra da Saúde um ofício em que solicitou uma audiência, com caráter urgente, para discutir as questões essenciais do Estatuto do Serviço Nacional de Saúde. O ofício ainda não obteve resposta.
“Numa altura crítica para o sistema de saúde, não negamos que existam alterações legislativas que possam ser importantes para o funcionamento do sistema. Contudo, é manifestamente estranho que um diploma com 30 anos seja alterado apressadamente, em surdina e sem envolver os médicos e outros profissionais que todos os dias enfrentam e ultrapassam no terreno muitos dos constrangimentos criados por más políticas”, explica o bastonário da Ordem dos Médicos.
“Estamos perante mais um exemplo de uma forma de trabalhar que ignora quem tanto dá aos doentes e quem melhor conhece as necessidades do SNS”, reforça Miguel Guimarães.
Lisboa, 18 de novembro de 2021