O Seminário “One Health”: um compromisso para a Saúde Pública Global, que decorreu no Seminário Maior de Coimbra, abordou temas essenciais para o futuro da saúde das populações e da sustentabilidade dos sistemas de saúde, desde a economia circular às alterações climáticas ou aos desafios de lidar com a contaminação ambiental e a insegurança alimentar. Lúcio Meneses de Almeida, Presidente do Conselho Nacional da Promoção da Saúde e Sustentabilidade Ambiental enquadrou o encontro explicando que se pretendeu garantir que seria “uma abordagem abrangente”, como deve ser o contexto “one health” e como é “por natureza, a Saúde Pública: inclusiva”, frisou. Presente na abertura deste seminário, Carlos Cortes recordou o dia em que tomou posse e como, desde essa primeira intervenção como Bastonário, posicionou este tema como uma prioridade para a Ordem dos Médicos. “Só com uma abordagem de ‘one health’ conseguiremos tratar melhor os nossos doentes” e fazer face às consequências da “desagregação dos ecossistemas, da ocupação de espaços que antes eram dos animais, das alterações climáticas, das migrações…”A ‘one health’ não é nem uma nova área de saber, nem uma nova disciplina. É a junção de saberes. É uma nova consciencialização do mundo, uma nova abordagem que temos que ter sobre a saúde humana em relação relevante com a saúde animal e climatérica. A ‘one health’ é ponto de junção e aproximação de pessoas de diferentes disciplinas do saber e de várias áreas de intervenção, neste caso, especificamente nos cuidados de saúde”, resumiu. Entre as múltiplas intervenções do dia, João Queiroz e Melo trouxe ao debate a importância de pensarmos em formas de “aprovisionamento sustentável” e de “alertarmos a sociedade civil e os decisores políticos” para uma realidade incontornável: “tudo o que fazemos tem impacto ambiental”.