Na manhã de segunda-feira, dia 21 de agosto, o Bastonário Carlos Cortes reuniu com Joan Serra Hoffman, representante da MYOS – Associação Nacional contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica. A reunião teve lugar na sala do Conselho, na Ordem dos Médicos, e incidiu sobre a futura colaboração da Ordem dos Médicos em iniciativas de formação profissional de médicos neste ramo da medicina.
Durante a conversa, Joan Serra Hoffman convidou formalmente o Bastonário Carlos Cortes a fazer parte da Comissão Consultiva da primeira Conferência Internacional em Portugal sobre Encefalomielite Miálgica/Síndrome de Fadiga Crónica (EM/SFC), a realizar em 2024.
A Conferência contará com a presença de cientistas de renome, clínicos e especialistas internacionais, com o objetivo de partilhar e discutir as mais recentes evidências e descobertas biomédicas sobre EM/SFC. A comunidade médica será encorajada a refletir sobre o tema e os doentes e público em geral terão a oportunidade de ficar a par sobre as iniciativas e os progressos das investigações em curso.
A relação entre a COVID-19 Longa e a EM/SFC será também um tema de destaque da Conferência, nomeadamente a compreensão emergente da EM/ SFC como um possível resultado crónico da infeção por SARS-CoV-2.
A Conferência de dois dias destina-se a médicos de várias especialidades do Serviço Nacional de Saúde e do sector privado, a executivos da área da saúde, bem como a investigadores e escritores científicos nas áreas da medicina ou da biologia, envolvidos na investigação e tratamento da EM/SFC, e incluirá, ainda, as valiosas contribuições de médicos peritos das Universidade Harvard, Yale, Cornell e a Open Medicine Foundation.
O Bastonário Carlos Cortes mostrou-se “honrado” com o convite, o qual aceitou prontamente, sublinhando que a MYOS pode contar com a Ordem dos Médicos para “trabalhar em conjunto, no sentido de avançar no entendimento e no tratamento da EM/SFC.”
Joan Serra Hoffman agradeceu à Ordem dos Médicos a cooperação na sensibilização nacional levada a cabo pela MYOS e a “receção tão humana do Bastonário durante a visita”, esperando que a reunião “seja um princípio de uma longa colaboração”.
A EM/SFC continua a ser “sub-reconhecida” na prática clínica quotidiana, não existindo dados sobre a sua incidência ou prevalência em Portugal, sendo uma doença invisível para muitos clínicos e investigadores. A EM/SFC é uma doença complexa, muitas vezes com múltiplas comorbilidades sobrepostas, e um desafio terapêutico na medicina atual.