É esta a mensagem principal que é preciso reter se queremos definir um rumo eficaz para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O Bastonário da Ordem dos Médicos, quer que se avance com soluções para a falta de recursos humanos na saúde, em particular de médicos, carência que constitui atualmente um dos maiores desafios para o SNS. Ciente que esta falta de médicos compromete a capacidade de resposta, a qualidade dos cuidados e o acesso em tempo adequado, a Ordem propõe promover a modernização do SNS, através de um plano assente em melhores condições de trabalho, modelos de gestão com autonomia, uma carreira médica única e transversal, incentivos atrativos para zonas carenciadas e uma forte aposta na formação contínua e na investigação. Querendo ser parte da solução, a instituição desenhou um conjunto de medidas a aplicar de forma integrada num período de dois anos. "Um sinal de compromisso é definir uma carreira médica transversal ao setor público e privado que reconheça o mérito e ofereça estabilidade. (...) É essencial criar condições de trabalho dignas, vínculos estáveis e reconhecimento do desgaste e risco inerente à profissão". Tudo isso a par de desburocratizar o SNS e criar um Processo Único de Saúde de forma a "devolver tempo aos médicos para aquilo que mais importa: a relação médico-doente". Formação contínua e investimento em inovação tecnológica, telessaúde e integração ética da inteligência artificial, "são pilares de modernização do SNS", defende o dirigente.