A Ordem dos Médicos considera que o Governo ou a DGS têm de dar uma “indicação muito clara” aos portugueses sobre o número máximo de pessoas que se podem reunir nas festividades natalícias.
Em declarações à TSF, o bastonário reforçou que é exatamente isso que se está a fazer em alguns países da Europa. “A Alemanha, por exemplo, definiu que na ceia de Natal, além do agregado familiar, só poderão estar mais quatro pessoas (…) outros países definiram que além do núcleo habitual só poderão estar mais duas”. Miguel Guimarães aludiu ainda a Espanha que definiu como número máximo seis pessoas.
“Nós continuamos sem definir um número. Não é que exista um número mágico, mas nós sabemos que quanto maior a concentração de pessoas maior é a probabilidade de haver transmissão da infeção”, esclareceu.
Miguel Guimarães apelou à definição de um número com base em um de dois critérios: “ou o núcleo do agregado familiar mais um número extra de pessoas que se possa juntar; ou um máximo certo de pessoas”.
Tecnicamente, seguindo as palavras que foram ditas pelo Primeiro-Ministro, “podemos ter festas de Natal com 30, 40 ou 50 pessoas”, sendo urgente, de acordo com o bastonário, indicar já um número máximo recomendado, pois mais perto da data dificilmente as pessoas mudarão os seus planos.
Estas não são obrigações, sublinhou ainda. “Basta existirem recomendações fortes”, para que a mensagem passe aos cidadãos.