A Ordem dos Médicos defende que já devia ter sido anunciado um plano de contingência para a área da Saúde, para fazer face às temperaturas muito elevadas previstas. No entender do bastonário, os serviços de urgência deviam ser reforçados tendo em conta que vai haver uma maior afluência de doentes às urgências.
“Nós vamos ter uma afluência obviamente maior aos cuidados de Saúde porque há muitos doentes, sobretudo com doenças respiratórias, que com temperaturas a rondar os 40 graus vão acabar por recorrer ao serviço de urgência. O que significa que os serviços de urgência deviam ser reforçados. Isto é uma medida importante para evitar males maiores”, diz Miguel Guimarães.
“O Ministério da Saúde, a ministra da Saúde e a própria Direção Geral da Saúde já deviam ter falado nessas coisas. Isto é, neste momento já devia haver vários anúncios às pessoas para evitarem estar ao sol, para estar em sítios mais refrescados, para beberem quantidades de água muito maiores que aquelas que fazem habitualmente ou quem tem doenças associadas, sobretudo doenças do foro respiratório, cardíaco, do foro nefrológico, etc., são pessoas mais frágeis e que precisam de facto de ter alguma orientação.”
De acordo com Miguel Guimarães, as medidas de prevenção e de combate a estas condições climatéricas devem ser feitas por antecipação. “Devia começar pelo menos uma semana antes de isto acontecer. Isto é, se os nossos serviços meteorológicos já sabem que isto ia acontecer agora, estas medidas de prevenção devem começar o mais cedo e chegar a todas as pessoas.”