A Ordem dos Médicos lamenta não ter tido conhecimento da nova proposta de rede de referenciação hospitalar em ginecologia, obstetrícia e neonatologia para se poder pronunciar, avaliando os aspetos técnicos, de recursos humanos e de qualidade da resposta para as grávidas e recém-nascidos.
A Ordem dos Médicos considera que trabalhar sem envolver institucionalmente as organizações do setor é um erro grave e revela uma notória dificuldade em estabelecer um diálogo profícuo.
O Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, afirma que “trata-se de uma matéria de grande relevância para a população e para os cuidados de saúde em Portugal, razão pela qual a Ordem dos Médicos deveria ter sido envolvida para dar o seu contributo técnico, científico e clínico” e solicita à Direção Executiva do SNS/Grupo de Trabalho que o documento lhe seja remetido, com a máxima urgência, para que possa ser analisado, e que a Ordem dos Médicos seja formalmente chamada a pronunciar-se.
Carlos Cortes acrescenta que “a Direção Executiva do SNS e o Grupo de Trabalho não podem recear nem o diálogo, nem o escrutínio técnico da Ordem dos Médicos, já que estes permitirão encontrar as melhores soluções para as mães e para as crianças”.
Para a Ordem dos Médicos, esta é uma matéria de enorme importância, com impacto na qualidade dos cuidados de saúde prestados às mães e às crianças.
15 de agosto de 2023