Para garantia da segurança clínica de grávidas, dos recém-nascidos e dos próprios profissionais, o Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, marcou uma ronda de visitas técnicas que começou no dia 12 de julho de 2023 pelo Hospital de Santa Maria, unidade onde o Bastonário tem procurado incentivar o estabelecimento de pontes e diálogos entre direção clínica e médicos do Serviço de Obstetrícia em prol da manutenção da prestação dos melhores cuidados à população. Esta iniciativa do Bastonário visa estabelecer com rigor a segurança clínica do atendimento às grávidas e recém-nascidos e irá passar por várias unidades – públicas e privadas – que prestam cuidados obstétricos na região de Lisboa.
Carlos Cortes mencionou a responsabilidade da Ordem dos Médicos na defesa da qualidade da formação médica e, acima de tudo, dos cuidados prestados às grávidas e aos recém-nascidos, lamentando que estejam a acontecer “dificuldades na definição de escalas adequadas a um hospital desta dimensão”, razão pela qual, por sua iniciativa, a Ordem dos Médicos “vai avaliar na próxima semana a capacidade de resposta das unidades privadas de Lisboa para onde são enviadas as grávidas de baixo risco conforme o plano que está definido” pelo Hospital de Santa Maria. Já estão marcadas visitas técnicas à Luz, CUF e Lusíadas. O representante máximo dos médicos, frisou a intenção da instituição ser parte da solução, agindo com o máximo rigor nestas avaliações.
É precisamente como garante deste rigor que o Bastonário incluiu nestas visitas o acompanhamento do Colégio da Especialidade de Ginecologia e Obstetrícia. Foi para aprofundar a análise objetiva da existência de condições para a prática da medicina, com incidência no respeito pelas normas técnicas definidas pelo Colégio, incluindo a vertente essencial da formação médica e da constituição das equipas que, em conjunto com João Bernardes, Presidente do Colégio, o Bastonário solicitou documentação adicional, nomeadamente acesso às escalas definidas. Com estas visitas, pretende-se alcançar o objetivo de dar garantia às grávidas da continuidade de um atendimento com segurança clínica.
Depois de visitar o Serviço onde conversou com os colegas sobre alguns dados técnicos relevantes, já em declarações aos jornalistas, João Bernardes frisou que a instituição visitada tem bons profissionais e mencionou que todos – médicos e direção clínica – estão “a fazer um esforço para resolver as dificuldades sentidas”. “O nosso papel é ajudar a encontrar soluções e garantir que a segurança clínica está assegurada e que os tempos de formação são respeitados” através do rigor de uma análise técnica.
Questionado pelos jornalistas sobre as dificuldades sentidas, o Presidente do Colégio enquadrou as funções técnicas destes órgãos: “Há dificuldades todos os anos e é preciso resolver os problemas de fundo. Mas os Colégios da Especialidade são órgãos técnicos consultivos. O nosso papel é ajudar a encontrar soluções e garantir que a segurança clínica está assegurada, por isso viemos cá [Hospital de Santa Maria] abordar questões de boas práticas”.
A delegação da OM, composta por Carlos Cortes e João Bernardes, foi recebida pelo Diretor Clínico, Rui Tato Marinho, por Filipa Lança, adjunta do Diretor Clínico e Diretora do Internato Médico e Formação Pós-graduada do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, que coordena a Anestesiologia obstétrica e ainda por Ana Paula Martins, Presidente do Conselho de Administração.