Naquela que foi a primeira reunião preparatória para a criação do FORTEM, que contou com cerca de oitenta participantes, Carlos Cortes explicou a sua iniciativa referindo como a criação deste fórum técnico científico – que pretende reunir colégios da especialidade, sociedades científicas e escolas médicas – dá resposta aos anseios de muitos médicos e corresponde à promoção da mais importante área de atuação médica: o espaço da ciência e da partilha de conhecimento. “Sem que percam, obviamente, a sua autonomia de atuação, é fundamental juntar colégios da especialidade, sociedades científicas e escolas médicas criando uma rede que nos permita, por um lado aprofundar diálogos, por exemplo, nas questões éticas relacionadas com a implementação de sistemas de Inteligência Artificial na medicina, por outro que ajude a potenciar a intervenção de todos na área técnico-científica”.
Convidado a comentar a importância deste fórum, o Presidente do Colégio da Especialidade de Reumatologia, Luís Cunha Miranda, foi perentório: “Temos que começar a trabalhar em conjunto para a valorização técnico-científica dos médicos como um todo. A partilha do conhecimento e dos denominadores comuns das diversas especialidades faz todo o sentido para que não se percam oportunidades de melhoria e crescimento e para que haja disseminação das melhores práticas”.
Tal como enquadrado pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, este foi o primeiro passo para a criação formal do fórum, tendo as várias intervenções dos representantes dos Colégios, das Sociedades e das Escolas Médicas comprovado a existência de desígnios comuns como sejam a vontade de contribuir para a promoção da ciência e para a defesa das pessoas perante situações que possam pôr em risco a sua saúde, como sejam as situações de usurpação de funções por pessoas sem a necessária qualificação científica.