Numa intervenção em que fez questão de enaltecer o papel que as autarquias tiveram no sucesso do combate à pandemia, Carlos Cortes, que falava no decorrer de um painel sobre o alargamento das Unidades Locais de Saúde a todo o território nacional, frisou que a sua análise não se baseia em opinião mas sim em informação de base científica. Carlos Cortes apresentou alguns resultados de estudos internacionais que indiciam a inexistência de “evidência da mais valia da integração vertical: a esmagadora maioria dos estudos refere não haver uma demonstração da mais valia desse tipo de modelo”.
Mas, explicou, “não é propriamente o modelo o mais relevante. Temos que olhar para as lideranças e a qualidade dessas lideranças pois são as boas lideranças que fazem os bons modelos”, garantiu, finalizando a intervenção com uma referência a que a integração dos cuidados não pode ser apenas de conselhos de administração: “tem que haver efetivamente uma grande interligação entre os CSP, os MF, os médicos de Saúde Pública e os médicos hospitalares” com protocolos de comunicação eficazes.