O relatório publicado recentemente pelo Instituto Ipsos, uma empresa de investigação francesa, dá conta de que as profissões de médico e cientista são aquelas em que a grande maioria da população mais confia. Do outro lado da tabela estão os governantes e os políticos sem função executiva, respetivamente.
É em Espanha que os médicos têm o índice de maior confiança, com um total de 71%, ao passo que, nos países onde o estudo foi desenvolvido, os polacos têm mais reservas quanto a estes profissionais, com apenas 39%.
No que diz respeito então aos políticos, os indianos são os que mais aprovam esta profissão, com um total de 28%, ao passo que Japão, Polónia, Chile, Hungria e Perú foram aqueles que mais se mostraram céticos, com 7%.
O estudo foi realizado entre 27 de maio e 10 de junho de 2022, em 28 países, mais concretamente na Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Turquia e Estados Unidos.
Apesar de Portugal não estar incluído na amostra, a verdade é que o mesmo cenário se regista no país. Um trabalho de investigação, intitulado “COVID-19 Pandemic: Effect on Confidence Levels of Portuguese Towards People of Different Professions”, mediu a confiança dos portugueses nas várias classes profissionais e demonstrou os níveis elevados de confiança nos médicos, e noutros profissionais da área da saúde, da ciência e da educação. Já a confiança depositada na classe política é muito mais baixa.
De acordo com os dados disponibilizados, os médicos são os profissionais que merecem mais confiança dos portugueses (entre 43 e 44%), seguidos pelos enfermeiros, investigadores, farmacêuticos, psicólogos, professores e educadores.