O mapa de vagas para a formação médica de 2024 foi publicado a 30 de outubro, apresentando uma previsão de 2165 lugares para os futuros médicos especialistas. Apesar dos constrangimentos que se têm sentido em alguns serviços e instituições, este número representa o esforço da Ordem dos Médicos para maximizar a capacidade formativa vigente e, deste modo, dar a melhor resposta possível para as necessidades que o país apresenta, de que é exemplo o número de vagas da especialidade de Medicina Geral e Familiar que passou de 617 em 2023 para 625, no mapa agora publicado.
Apesar do consistente crescimento do número de vagas para a formação especializada dos últimos anos, a verdade é que em 2023, 18% dos lugares não foram preenchidos, o que equivale a 406 vagas não escolhidas. Já em 2022, 158 dos lugares ficaram sem candidatos e, em 2021, 50 vagas também não tiveram adesão por parte dos médicos(as), sendo esse um dos grandes desafios que a formação enfrenta: são centenas de vagas que os jovens médicos têm optado por não preencher. Este é um facto que exige, de todas as entidades envolvidas, uma reflexão para conseguir perceber e inverter essa falta de interesse.
A sustentabilidade e futuro do sistema público de saúde depende da atração de novos médicos e médicas especialistas e da valorização da formação médica. Assim, terminada a etapa da formação pré-graduada é preciso que haja condições nos serviços, quer para que exista qualidade adequada à formação técnica e científica quer para que as vagas sejam atrativas para os recém-licenciados, de forma a que escolham dar continuidade ao seu percurso formativo, ocupando as vagas de especialidade disponibilizadas.
O último dia do processo de escolhas da formação médica especializada, previsto inicialmente para dia 29 de novembro, foi alterado para dia 2 de dezembro. Saiba mais aqui.