Miguel Guimarães alertou que a chegada de refugiados ucranianos que necessitam “rapidamente” de medicação para doenças crónicas ou de tratamentos para doenças oncológicas, obrigam a que Portugal esteja preparado para o desafio. Na ótica do bastonário da Ordem dos Médicos, o nosso país tem “equipa e resposta” para ser bem-sucedido.
“Muitos destes ucranianos não estão a fazer a medicação. Um dos maiores problemas, e temos recebido apelos nesse sentido, é que há milhares de doentes oncológicos que deixaram de fazer os tratamentos por esses não existem. Portugal, à sua dimensão, terá de ter uma atenção muito grande a isso“, afirmou.
Em declarações aos jornalistas à margem de uma iniciativa a propósito das obras que decorrem na unidade de cuidados intensivos do Hospital de São João, Miguel Guimarães falou da chegada de refugiados a Portugal, um desafio para o qual a área da saúde está “preparada”, disse. “Médicos ucranianos a trabalhar em Portugal estão mobilizados e disponíveis para fazer a tradução de documentos e fazer a primeira avaliação. Temos equipa para isso”.
O representante dos médicos avançou como necessidade “provável” estender a rede de diagnostico e rastreio de doenças oncológicas de forma a levar “para dentro do sistema cada vez mais pessoas”, articulando que está em lista de espera e quem chega agora ao país. “Dentro do sistema, há lista de espera, mas a situação está mais ou menos controlada, o problema é quem ainda não entrou no sistema. É uma resposta que vamos ter de dar com a melhor articulação possível porque temos os refugiados e os nossos doentes de sempre”, analisou.
Questionado sobre a vacinação contra a Covid-19, o bastonário disse que “as regras estão a ser criadas”, sendo “fundamental” que os ucranianos que não tenham sido vacinados o aceitem fazer.
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