Miguel Guimarães visitou esta quarta-feira, dia 8 de agosto, o Hospital Egas Moniz, integrante do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO). As denúncias de irregularidades no cumprimento dos programas de formação dos médicos internos de algumas especialidades foram o mote para a visita do bastonário da Ordem dos Médicos.
Para se inteirar da situação, o bastonário reuniu com o conselho de administração e com as direções clínica e do internato médico e, posteriormente, participou numa reunião com os médicos internos de Pneumologia, Reumatologia e Endocrinologia. As denúncias acabariam por ser comprovadas, nomeadamente no que diz respeito a internos escalados nas urgências sem o devido acompanhamento tutorial e ao excesso de tempo em que são integrados na urgência interna, penalizando a formação na sua área de especialização.
Miguel Guimarães condena que os “internos estejam a ser usados para tapar buracos das escalas e a ser penalizados na sua formação”, e conta que a situação “seja corrigida rapidamente”, sem avançar com uma auditoria. No entanto, esta não fica descartada e será o próximo passo caso “eventualmente a situação não for resolvida até outubro”.
“Os nossos médicos são desejados em todo o mundo devido à elevada qualidade da formação e a Ordem reage sempre que recebe um alerta de que os programas de formação não estão a ser cumpridos da forma que têm obrigatoriamente de ser”, destacou o bastonário da OM. “Alguns destes internos, em determinadas circunstâncias, fazem urgência sem tutela de um especialista, o que para a Ordem dos Médicos é totalmente inaceitável”, concretizou.
Na visita e nas reuniões estiveram ainda presentes o presidente da Secção Regional do Sul da OM, Alexandre Valentim Lourenço, Catarina Perry da Câmara, presidente do Conselho Nacional do Médico Interno e o presidente da Sub-região da Grande Lisboa da OM, Anselmo Costa. Jorge Roque da Cunha – do SIM – e João Proença – da FNAM – também representaram os respetivos sindicatos médicos.