António Gentil Martins, antigo bastonário da Ordem dos Médicos, cirurgião plástico e cirurgião e oncologista pediátrico, foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Europeia, no dia 7 de abril – Dia Mundial da Saúde.
Esta foi a concretização de um “sonho perdido” entre as suas prioridades: a medicina e a família. Gentil Martins recordou o seu percurso na OM e realçou as suas ideias para o sistema de saúde. “Sempre acreditei, e aliás ainda defendo, que se uma Ordem dos Médicos existe para defender os doentes, não pode também deixar de defender os médicos e de lutar para que tenham adequadas condições de trabalho e compensação”, afirmou.
Para Gentil Martins, “aquilo que acabamos por ser resulta fundamentalmente de 3 grandes pilares: a genética, a educação e a nossa própria determinação e vontade”. Se existe o fator sorte nos dois primeiros, a determinação e vontade depende apenas de nós e do percurso que realizamos.
“Considero essencial não só estudar e conhecer os problemas, como também procurar novas e eventuais alternativas. A maneira mais fácil para não progredir é estar satisfeito com aquilo que já se faz, e por isso importa procurar sempre se não existirão outras soluções melhores”, sublinhou.
A apresentação de António Gentil Martins foi feita pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, que destacou o percurso de António Gentil Martins como “um exemplo importante para as gerações mais jovens, para os estudantes que ambicionam abraçar a profissão, para os médicos em início de carreira, mas também para os médicos mais experientes”. Todos estes, realçou, “nas fases mais multifárias da vida, podem contemplar a obra de Gentil Martins e interpretá-la como um farol de inspiração”.
Miguel Guimarães resumiu vários momentos marcantes da carreira do antigo bastonário e elogiou o percurso feito na Ordem dos Médicos, “um legado” que assume continuar a honrar. “Nunca deixe de defender as suas convicções. Porque o país precisa delas. E, nós, médicos, cidadãos e portugueses iremos sempre levar a sua obra connosco para nos iluminar o caminho e nos tornar mais fortes. Porque são as nossas ideias e os nossos feitos que nos tornam imortais”, concluiu.
Outro antigo bastonário da Ordem dos Médicos, Germano de Sousa, também proferiu algumas palavras sobre Gentil Martins, recordando maioritariamente o trabalho feito na Ordem dos Médicos, especialmente numa altura instável para a instituição, logo após 1974.
Na mesma ocasião, também Maria de Belém Roseira, ex-ministra e atual presidente do conselho consultivo do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, recebeu o Doutoramento Honoris Causa.