O Gabinete Nacional de Apoio ao Médico (GNAM) apresentou o seu programa de ação para 2024 nas três regiões da Ordem dos Médicos durante o mês de fevereiro. João Redondo, coordenador a nível nacional, falou sobre o projeto delineado pelo GNAM que tem como fio condutor a investigação, a prevenção e a intervenção. Conforme explicou, estas são etapas fundamentais pois só conhecendo os fatores de risco se pode promover fatores protetores, fazer uma avaliação adequada e a necessária triagem para, por fim, encaminhar às entidades competentes.
O GNAM tem como objetivo dar resposta a situações de violência contra médicos, assédio e/ou conflito no local de trabalho, mas também apoio a médicos que estejam a sofrer de burnout e outras problemáticas dos fatores de risco psicossociais que afetam a saúde e bem-estar destes profissionais, razão pela qual o plano de ação apresentado assenta numa perspetiva de Saúde Pública, ecológica, sistémica e de trabalho em rede. Uma das áreas de investimento mais importantes, a prevenção, foi realçada por João Redondo que explicou que a divulgação é também uma forma de prevenção. De acordo com o que já foi delineado com o Bastonário da Ordem dos Médicos, o coordenador do GNAM frisou que a página que irá ser criada no site da Ordem dos Médicos para centralizar informação e meios de reação e denúncia, poderá ser “a porta de entrada para o pedido de ajuda”.
A dinamização do novo Gabinete Nacional de Apoio ao Médico foi um dos elementos centrais do programa de ação de Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, no contexto da dignificação da profissão, o que concretizou desde já com o reforço em termos de equipa, quer através da nomeação dos médicos que compõe a atual direção do GNAM, quer com a indicação de uma equipa administrativa que presta apoio direto a este gabinete. “O novo Gabinete Nacional de Apoio ao Médico será essencial para defender os médicos na sua atividade diária e a dignidade da profissão”, enquadra o Bastonário, realçando a importância do GNAM.
Além de João Redondo, Carlos Cortes nomeou, em consonância com o Conselho Nacional, os médicos Carlos Mota Cardoso, José Miguel Paupério, Cristina Pereira Gama, António Francisco Almeida, Mónica Fonseca, Nídia Zózimo, José Santos e Fernando Pereira que têm agora a incumbência de ajudar a dinamizar o gabinete e implementar o plano de ação que foi apresentado.