Bastonário desafia Ministério a criar fundo de formação para médicos internos
O Conselho Nacional do Médico Interno da Ordem dos Médicos (CNMI) divulgou esta semana os resultados do segundo Inquérito de Satisfação do Internato Médico, estudo que avalia a satisfação dos médicos internos com a sua formação. A necessidade de tempo de estudo autónomo efetivo nos programas formativos e horários de trabalho a par da necessidade de reforço dos apoios financeiros e logísticos à produção científica e formação contínua são alguns dos aspetos geradores de menores níveis de satisfação. Na sequência da divulgação destes resultados, o Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, desafiou o Ministério da Saúde a criar um fundo para financiar as ações formativas e os estágios que os internos têm de fazer como parte da sua formação pós-graduada. Em comentário à agência Lusa realçou a “necessidade de um tempo protegido” para os médicos internos estudarem, mas também para os seus orientadores. “O Estado tem a obrigação de financiar as ações formativas e os estágios que os médicos internos fazem como parte da sua formação pós-graduada. O Ministério da Saúde devia criar um fundo de apoio à formação para cada médico interno. É fundamental apostar na qualidade da formação”, reitera o Bastonário Carlos Cortes. Estas são reivindicações que a Ordem dos Médicos tem feito em defesa da qualidade da formação. Carlos Cortes tem reforçado junto do Ministério da Saúde “a obrigação que o Estado tem de financiar as ações de formação dos médicos internos”, uma obrigação especialmente relevante se tivermos em conta que os colegas mais jovens têm vencimentos mais baixos mas necessidades formativas muito maiores com estágios obrigatórios, por exemplo.
Do lado oposto, ou seja, como elementos com os quais os médicos internos se sentem satisfeitos encontramos o orientador e a especialidade propriamente dita, que referidos pela maioria dos inquiridos como pontos muito positivos.
Os resultados do inquérito sobre a satisfação com o Internato Médico 2022 podem ser consultados aqui: https://inqueritos.cnmi.pt/