A Ordem dos Médicos, a Federação Nacional dos Médicos e o Sindicato Independente dos Médicos constatam, com grande preocupação, que permanece por alterar a norma da Direção-Geral da Saúde que determina as regras da campanha de vacinação contra a Covid-19. Esta norma continua a deixar desprotegido um grande número de médicos, outros profissionais de saúde e demais grupos de risco, ao vedar o acesso à vacina a muitos dos que já estiveram infetados pelo SARS-CoV-2. A evidência científica existente demonstra que a imunidade de quem já teve Covid-19 não se perpetua no tempo, sendo importante garantir rapidamente a imunização dos grupos mais expostos e de maior risco, mesmo que já infectados previamente com a SARS-CoV-2.
Os médicos e os outros profissionais de saúde têm assumido todas as linhas da frente, mesmo perante situações de grande dificuldade, arriscando a sua própria vida para salvar outras. Não podemos aceitar que, existindo vacinas seguras, a Senhora Ministra opte por manter estes profissionais de saúde em risco, num limbo por período indeterminado. É uma postura que consideramos técnica e eticamente reprovável.
(declaração conjunta do bastonário da Ordem dos Médicos, do presidente da FNAM e do secretário-geral do SIM)